31 de dezembro de 2009

Um novo amanhecer

Em 2009...
Você sorriu,
Você chorou,
Você descobriu,
Você se permitiu,
Você brigou,
Você errou,
Você se arrependeu,
Você se entristeceu,
Você ficou feliz,
Você se emburrou,
Você aprendeu,
Você ajudou,
Você perdeu,
Você conquistou....
De alguma maneira, este ano que termina marcou a sua vida. Este foi um tempo de suma importância para o seu aprendizado, pois todas as ações – boas ou ruins – acrescentaram em seu currículo de vida, um pouco mais de sabedoria e experiência. Foi o ano em que você teve a oportunidade de transformar o possível em realizações, de fazer diferente, de construir novos laços, de explorar novos lugares, de reencontrar velhos amigos, de ouvir boas histórias, enfim, de construir uma nova vida.
Foram 365 dias ou 8760 horas ou 525600 minutos ou 31536000 segundos para viver e aprender a conviver. Momentos dos quais levará para o resto de seu existir: lições de amor, perdas irreparáveis, encontros e desencontros, provas de sobrevivência. Assim como o sol, 2009 se põe por detrás da montanha, mas ao contrário do astro rei, não voltará no dia seguinte. Sua luz se encerra e com ela a missão do dever cumprido.
Amanhã será outro dia, o início de uma nova jornada, o começo de um novo tempo, um nascente que brilha para todos, um momento que nos convida a mudar e a recomeçar!
Serão mais 365 dias para você construir novos relacionamentos, para aproveitar os velhos amigos e as pessoas que ama. Curtir a vida com responsabilidade, viajar, desfrutar, fazer festa...
Serão mais 8760 horas para que você possa aprender. Descobri um mundo novo, se enveredar por experiências diferentes. Serão horas para aprender com seus erros e transformá-los em grandes lições, de encarar problemas e buscar soluções concretas e eficazes.
Serão mais 525600 minutos para que você possa construir seu futuro. Com muito trabalho e dedicação você dará um largo passo para a concretização de seus sonhos. Este é o momento de ir a luta!
Serão mais 31536000 segundos para que você ser e fazer a diferença. É o tempo do amor, de ser feliz, de ajudar, de compreender, de relaxar e ouvir a voz que vem do coração.
Tristezas e dificuldades aparecerão ao longo desta caminhada. Energias negativas tentarão tirar-lhe a paz e provocar momentos de tensão. Lembre-se, você não está sozinho nessa: Deus te ama e caminha contigo!
A vida te convida a embarcar em uma viagem fantástica. Abra a sua mente e seu coração para o novo ano que começa! Abrace a felicidade, sorria sempre, festeje mais, use cada fração do tempo a seu favor. Com coragem, equilíbrio e perseverança, 2010 será um ano inesquecível!
Vamos começar, vamos renovar, o futuro começa agora....

Um bom ano a todos nós!

30 de dezembro de 2009

Acervo

O texto que vou postar hoje foi escrito no 1º semestre deste ano. Me lembro que foi feito em um sábado a noite, mas esqueci a ocasião. Vendo os arquivos o encontrei e relendo achei uma conexão entre o texto e este momento de "transição" que estamos vivendo.
A vida se faz de histórias, histórias são feitas de memórias, memórias são feitas de instantes únicos e inesquecíveis. Viver, uma dádiva divina, um presente especial,um verdadeiro quebra-cabeça com peças espalhadas e jogadas em diversos lugares. O homem encurtou as distâncias do mundo. Se estabelece conexões em milésimos de segundos, se localiza pessoas aonde quer que seja,tudo está tão fácil...ao passo, que simplificar tais distâncias implicou no seu afastamento consigo mesmo e com o Criador. O segredo de ser feliz não está catálogado em livros de auto-ajuda, muito menos em artigos de psicologia, está incutido no ser, escondido no que ele tem de melhor... Se comparados à idade das estrelas, das rochas e até mesmo da Terra, com seu mais de 6 bilhões de ano, nosso tempo de vida é como uma gota, que ao se desprender da nuvem mais condensada atinge o solo muitíssimo rápido como num piscar de olhos... Somos egoístas, somos medíocres, somos idiotas, somos desumanos, somos invejosos, somos ordinários, somos tudo, tudo mesmo.. só não somos felizes, só não somos capazes de amar e valorizar quem nos ama... O poeta já dizia "...é preciso que se saiba, é preciso que se saiba, que a vida é curta, que a vida é curta.." e assim como chuva, da qual somos pequenas gotas d'água, nós também passamos e para os que na labuta diária permanecem, fica os momentos em que fomos severos como o granizo e suave como a brisa da manhã... é preciso viver, mais como diz a música, muilto além disso, é "preciso saber viver", buscar as peças deste enorme quebra cabeça que é a vida, sonhar mais hoje, sorrir mais hoje, partilhar mais hoje, amar mais hoje, afinal nossas únicas certezas se concentram neste momento, o amanhã, desperta incerto com dúvidas e receios... Respire, Sonhe, Lute e saiba viver!

24 de dezembro de 2009

Então é Natal...


Vamos Celebrar! É assim que começo minha postagem de hoje, fazendo um convite a confraternização. Estamos as portas do Natal. Sei que as expectativas criadas em torno desta data são muitas: quantos presentes você vai ganhar, quem te tirou na tradicional brincadeira do amigo oculto, qual será o cardápio da ceia, quais presentes você vai dar aos amigos e familiares, enfim, preocupa-se com tantas coisas que o verdadeiro sentido desta data fica de lado. Nesta ótica, o natal passa a ser uma festa inteiramente comercial, perdendo sua característica espiritual. O comércio se apossou desta data para aumentar suas vendas e consequentemente, os seus lucros. A verdadeira mensagem desta época fica apagada e nem se quer é mencionada. No seu lugar aparece o Papai Noel com suas henas, com o saco cheio de presentes e pronuciando seu velho jargão: ho ho ho! Nosso natal está basicamente fundamentado na presença do presente e na chegada do “bom velhinho”. Vamos esquecer por alguns minutos esta nossa “realidade natalina” e voltar para o verdadeiro sentido deste momento. Natal é festa, natal é renovação, é um momento de solenizar o nascimento do menino-Deus que nasceu na pequena cidade de Belém há mais de 2000 anos. Ele veio trazer a boa nova, veio trazer a mensagem do amor e da paz. Comemorar o natal é acolher Jesus, é ser solidário, é oferecer aos que precisam o que nos sobra. Na noite de natal, a mais mágica do ano, muitos lares terão comidas de diferentes tipos e bebidas à sobra, enquanto em outros lugares muitas pessoas nem vão esperar a meia-noite por causa da fome, do frio, da necessidade. Hoje meu convite é para celebrar, receber Jesus e seu projeto de amor que vem anunciar aos homens o Reino de Deus. A exemplo do menino-Deus, vamos renascer para a vida, para a alegria e principalmente para a felicidade. Vamos reunir nossas famílias para exaltarmos juntos esta data. Que Jesus nos abençoe e nos proteja e a você, tenha um feliz e santo Natal. Permita-se, comemore, Jesus nasceu!

18 de dezembro de 2009

Copenhagen: Encontro de desencontros




O mundo acompanhou de perto todas as movimentações que aconteceram na cidade de Copenhagen. Durante as últimas duas semanas, a capital da Dinamarca tornou-se o centro de discussões sobre as mudanças climáticas e o meio ambiente.
O circo foi armado, mas parece que a apresentação não agradou. O que se viu foi uma enorme palhaçada. O espetáculo terminou da maneira que começou: sem soluções. Mesmo com a presença das pessoas mais influentes do planeta, entre líderes políticos e artistas, a conferência não passou de “um tiro pela culatra”.
Apesar de tamanha proporção, o que mais faltou em Copenhagen, que para os especialistas, “seria o encontro responsável por mudar os rumos e estabelecer novas metas em prol da natureza”, foi a falta de acordo e o egocentrismo das nações.
Que a Terra está mais quente, que as calotas polares estão derretendo e que a camada de ozônio está sendo gradativamente destruída, todo mundo está careca de saber. O assunto meio ambiente está pautado todos os dias, seja em nossos meios de comunicação, seja em nosso convívio social. Os problemas já foram identificados e agora esperam soluções.
A COP15 (como estava sendo chamada a conferência) enalteceu ainda mais o individualismo das nações, que olhando para o seu próprio umbigo, não estavam nem um pouco preocupadas com a tal “taxa de emissão de gás” e sim com a indústria, com o desenvolvimento e claro, com o lucro que consequentemente gera o poder. Prezaram mais o singular e esqueceram o coletivo.
Enquanto isso, o planeta aguarda atitudes eficazes que tentem abolir ou pelo menos reverter todos os estragos que vem sofrendo. A nós, são as pequenas atitudes que engradecem e que no final, fazem a diferença. Diante de tamanha patife, devemos laborar e zelar por nossa Terra, por nossa casa, por nosso hoje e pelas gerações futuras. Enquanto discursam e não chegam a nenhum entendimento, Gaia pede socorro!

16 de dezembro de 2009

Palavras de Sabedoria

De repente, quando você se vê entristecido, meio pra baixo, nada melhor que acalmar o coração e escutar palavras serenas, tranquilas e certeiras. A Palavra de Deus nos orienta e nos ajuda a acalmar nossas angústias. Neste último domingo, mais uma vez, tive essa experiência e compartilho agora com vocês:
"Alegrai-vos sempre no Senhor: eu repito, alegrai-vos. Que a vossa bondade seja conhecida de todos os homens! O Senhor está próximo! Não vos enquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças. E a paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento, guardará vossos corações e pensamento em Cristo Jesus." - Carta de São Paulo aos Felipenses

Com a palavra: Gabriel García Márquez

Nestas férias decidi me dedicar a leitura. Não só pelo fato de estar cursando uma faculdade de jornalismo, na qual ler é fundamental, mas também pela experiência transcendente que a leitura, ou melhor, os livros oferecem. Acabo de ler o primeiro da série de livros desta temporada “insana” e ociosa, comumente chamada de férias. Trata-se de Memórias de minhas putas tristes de Gabriel García Márquez, prêmio Nobel de Literatura. Aí vai a sinopse que fiz e desde já minha indicação para que você possa ler e admirar tamanha obra:

Na comemoração de seus 90 anos ele queria lhe dar de presente uma noite de amor com uma adolescente virgem. Apesar de tamanha aventura, o peso da idade lhe pesava nas costas. Era um amante das letras e do bolero, professor de gramática e escrevia crônicas para a edição dominical do jornal de sua cidade, localizada na Colômbia. A solidão era a sua fiel aliada. Perdera os pais vítimas de tuberculose e de bordel em bordel, provou os prazeres da carne.

“A quem me pergunta respondo sempre com verdade: as putas não me deram tempo para casar.”

Na bagagem carregava as experiências com mais de 500 mulheres que de alguma forma, marcaram sua vida. A noite e seus mistérios aclarava seus desejos e a casa de Rosa Cabarcas era o cenário de suas paixões pagas. Senil e marcado pelos anos que lhe somavam, a noite de seu aniversário o colocou defronte ao amor – aquele da qual fugia e tinha enorme aversão. A causadora de tamanha revolução era a virgem de 14 anos que cobiçou. Ela estava deitada na cama do prostíbulo que ele sempre freqüentava. Sua pureza, seus traços perfeitos e sua meiguice despertaram naquele coração ancião e indolente, o que ele jamais sentira: o maior dos sentimentos – o Amor.

“Foi algo novo para mim. Ignorava as manhas da sedução e sempre tinha escolhido ao acaso as noivas de uma noite, mais pelo preço que pelos encantos, e fazíamos amor meio vestidos na maior parte das vezes e sempre na escuridão para imaginarmos melhores. Naquela noite descobri o prazer inverossímil de contemplar, sem as angústias do desejo e os estorvos do pudor, o corpo de uma mulher adormecida.”

Em Memórias de minhas putas tristes, Gabriel García Márquez cria um enredo que convida o leitor a fazer uma reflexão sobre a vida, a felicidade e o amor. O protagonista prova os sabores da paixão e se deixa conduzir, mesmo com a idade, pela beleza e pelos traços da virgem que lhe deu a esperança, a vontade de viver e a experiência de amar.

“Naquela tarde, de regresso para casa outra vez, sem o gato e sem ela, comprovei que não apenas era passível, mas que eu mesmo, velho e sem ninguém, estava morrendo de amor.”

Um dia diferente

Quando se une a boa vontade com a necessidade, o efeito é um show de solidariedade. Caro leitor, perdoe-me pela assonância e pela quantidade de rimas logo na primeira oração desta postagem. Acontece que este é o resultado de um domingo atípico e muito especial e, portanto, todas as regras da escrita podem e devem ser quebradas. Em um dos distritos de Barbacena, está localizado o Instituto Padre Cunha, mantido por uma congregação religiosa, com o intuito de oferecer educação, alimentação e valores morais e cristãos a crianças e jovens carentes daquela localidade. Um trabalho bem bonito e que edifica, oferece condições e que tem total êxito graças ao apoio e a parceria de outras pessoas. No natal, cada criança recebe uma caixa de presentes com brinquedos, roupas, alimentos e materiais escolares. Chega de informação, afinal este não é um texto completamente jornalístico, ou melhor, o meu objetivo com este “escrito” é falar o que eu pude presenciar na festa de entrega destes presentes e é isso que faço agora:
É fim de ano. A magia desta época unifica as pessoas, que inspiradas pelo nascimento do Menino Deus, esquecem por um momento de suas dificuldades e tristezas e se renovam na expectativa de dias melhores. O que presenciei neste domingo me mostrou que a esperança está sim, no sorriso e no gesto de uma criança. Mesmo com tantos problemas e tristezas, elas conservam em si, o desejo de serem felizes. Mesmo que os presentes não supram todas as necessidades (dentre elas o carinho e a presença da família), eles são símbolos que renovam e fazem essas crianças acreditarem que sonhos são possíveis. A cena foi harmônica: um emaranhando de crianças correndo atrás do caminhão que levava os presentes. Olhando para cada rosto, dava para perceber a expectativa por aquele dia, que em minha opinião, é o mais feliz da vida delas. Do domingo tirei alguns aprendizados: a importância de acreditar e de sonhar, a importância de ajudar e se preocupar com os problemas do próximo e ver que é nas pequenas coisas, que estão as grandes lições...

Tempo...


10 de dezembro de 2009

Com a palavra: Fernando Sabino

Hoje usarei das palavras do grande mestre Fernando Sabino para a postagem. Não que eu não tenha boas ideias e criatividade para escrever, pelo contrário, as atividades literária e escrita estão me atraindo cada vez mais. Acontece que este trecho do livro “O encontro marcado” é como uma alavanca para boas atitudes em nossas vidas. Se permitir é o início, fazer é a atitude.

De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que ele estava sempre começando
A certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar.
Fazer da interrupção um caminho novo.
Da queda, um passo de dança.
Do medo, uma escada.
Do sonho, uma ponte.
Da procura, um encontro.”

O encontro marcado. Fernando Sabino

9 de dezembro de 2009

Evoluir é preciso. Quando? Ontem.

A saga continua... Me desculpem, mas o blog é o único lugar em que eu consigo associar meus dramas às palavras e assim tecer estes textos insanos que ofereço a você, caro leitor. Acontece que na vida nossas ações são reflexos de nossos sentimentos e nossos comportamentos e isso acaba por refletir aqui no blog. Este é meu espaço de desabafo. Sei que você não tem absolutamente nada a ver com isso, mas me perdoe, para mim isso é necessário. O que anda me deixando triste é esta ideologia errônea, este pensamento de massa que acaba por afastar as pessoas de sua felicidades por comportamentos que ditam e denotam nossa sociedade. O fato é que apesar de tantas coisas terem evoluído neste mundo, as pessoas continuam vivendo segundo suas tradições e fachadas em seus "chiqueiros" particulares. Eu tô cansado desta ditadura comportamentalista, desta ideia fixa. Parece que o diferente não tem vez. Parece que as pessoas são obrigadas a se adequear ao padrão, e nele se manter para sobreviverem. Outras vezes tem que abandonar sua própria felicidade em prol dos desejos de outras. Revoltante e "estressante". Cada qual nasceu com suas vontades e com um jeito de ser feliz específico e por isso, merecem espaço e dignidade. Meu discurso não é exclusivamente a favor das camadas minoritárias de nossa sociedade. Além de defendê-las, reintero meu compromisso com a liberdade de expressão, com a liberdade dos indivíduos de fazerem coisas que promovam a sua felicidade.
"O homem conquistou a liberdade, mas se perdeu em seus próprios conceitos."
Enquanto isso, continuo revoltado esperando uma evolução no pensamento humano e me dedicando a conhecer histórias de pessoas, histórias de vidas. Me dedico aos livros, aos grandes mestres da literatura, ao jornalismo e ao amor.... se assim permitirem.

8 de dezembro de 2009

Eu invejo...


Invejo o que não tem medo, o que arrisca, o que faz as coisas acontecerem...
Não teme o comentário alheio, cria seu mundo, vive o seu dia...
Vê a vida de maneira ampla, passo a passo, dia a dia, pensando no seu próprio eu...
Está procupado com sua felicidade, enfrenta tudo e todos em busca de sua realização...
Jamais se vê perdido, seu caminho está traçado, sua rota está mantida...
Olha o horizonte e vê que ainda tem muito a se fazer, que a vida é um desafio, e vale a pena encará-lo!

Este "jogral-poema" (rs) é fruto de um dia tenso. Eu invejo as pessoas que arriscam, que jogam tudo para o ar em busca de sua felicidade. Hoje eu acordei com a ideia de escrever um livro, escrever uma crônica ou até mesmo uma longa história. O que dei conta de fazer foi esse simples jogral. Quero descansar, quero durmir, quero sonhar, quero ser feliz, simplesmente ser feliz...E amanhã, num dia que nasce incerto e duvidoso quero ser mais corajoso!

6 de dezembro de 2009

Duas horas e meia

Todo mundo espera encontrar respostas para as mais variadas perguntas que se faz ao longo da vida. Umas complicadas, outras nem tanto. O fato é que neste sábado (05/12) estive em meio a um turbilhão de respostas. A pressão da Vovó resolveu pregar uma peça em todos nós...Foi a 23, voltou aos 14, subiu aos 20...o resultado é que teve que ir para o hospital. Fui de companhia. Essa é a pior hora sabe...você se sente um inútil, um "zé" ninguém justamente por não poder ajudar em nada. Fiquei na sala de espera do ambulatório. Foi um martírio. O hospital é um lugar de muitos contrastes: a vida nasce e morre ali. Sentado, vendo a chuva cair, confesso que por algumas vezes o pior passou pela minha cabeça. Lutei com o mal pensamento, venci. Chegavam pessoas de todos os lugares, cada qual com um problema. Era nítido o limite humano...até onde nossa espécie aguenta? Ver a agonia e a palidez de muitos rostos querendo apenas um atendimento abalou meu psicológico. A cena mais marcante foi de uma senhora que estava em uma maca pelo corredor toda cheia de aparelhos. Pior do que vê esta imagem, foi ouvir o que a médica disse a família da senhora: "não temos nada a fazer, agora é só esperar". Frieza? Desespero? Choro? Realidade. As duas horas e meia que fiquei naquele recinto, me ajudaram a compreender o quão frágil e quão valiosa é a vida. Me fez ver o quanto é bom ter saúde e como é bom poder cuidar dela. Minha Vovó, graças a Deus está bem! A pressão abaixou de vez....foi um susto, mas passou!
"As duas horas e meia que fiquei naquele recinto, me ajudaram a compreender o quão frágil e quão valiosa é a vida. "
É preciso viver, mais como diz a música, muilto além disso, é "preciso saber viver", buscar as peças deste enorme quebra cabeça que é a vida, sonhar mais hoje, sorrir mais hoje, partilhar mais hoje, amar mais hoje, afinal nossas únicas certezas se concentram neste momento. O amanhã desperta incerto com dúvidas e receios... Respirar, Sonhar, Lutar e saber viver! (Conclusões de um sábado tenso)

1 de dezembro de 2009

Amor: reflexos de reflexão


Lá estava ele na difícil missão da despedida, mesmo sabendo que em breve retornaria. Na bagagem levava algumas peças de roupas e no coração, a tristeza de deixar para trás a pessoa que lhe apresentou o amor. Era um garoto durão, fechado e as vezes sisudo. De poucas palavras e de expressão fechada. Carregava nas costas o peso de uma vida reservada e sem muitas agitações. A escola era sua maior diversão. Era debruçado sobre os livros e lendo os periódicos sobre física nuclear que ele passava o maior tempo do seu dia. Era jovem, mas pensava como um velho de 70 anos. Pensava muito mais no futuro e esquecia do presente. Queria ser o melhor, e esquecia da competição. Queria ser Deus, mas esquecia que era humano. A vida se encarregou de corrigí-lo e mostrá-lo que a felicidade está nas pequenas coisas. Numa sexta-feira, pela primeira vez, aceitou um convite para ir a um bar com os amigos da escola. Era puritano, conservador. Achava um absurdo ver pessoas, durante o dia, sentadas em botequins bebendo cerveja. Aquele dia revolucionaria a vida de um ser que estava fechado para si mesmo. Lá estava ela, a pessoa que mudaria e o ajudaria a encontrar o seu prórpio eu. Era baixa, com uma beleza reluzente, com olhos arredondados e boca singela. Trazia na face traços perfeitos. Não parecia gente, parecia uma boneca de porcelana. Naquela tarde, ele se permitiu e ela aceitou. Ele quebrou suas próprias regras, suas inseparáveis doutrinas, seus conceitos errôneos sobre o mundo. Quis tentar, arriscar e se entregou. A felicidade estava mais perto do que pensava. Como a brisa vai de encontro ao rosto numa manhã fresca, ele se jogou aos braços daquela que o faria sentir o mais nobre dos sentimentos: o amor. Cresceram juntos, ficaram juntos, tiveram noites inesquecíveis juntos, estão e permanecerão juntos; simplesmente porque se completam, simplesmente porque se bastam. Ele tem que partir. Carrega na carteira a foto de sua revolução. A foto da amada o acompanha aonde ele for. O jovem "nervoso" agora está calmo pois encontrou sua paciência. Ele vai, mas volta. Volta porque ela o espera, volta porque há muitas coisas para fazerem e construírem juntos....

O amor ultrapassa as barreiras do coração, se contrói na confiança. A saudade é apenas uma manifestação traiçoeira do sentimento. Quando se ama, quer estar junto, quer estar perto. Mas mesmo a distância, o amor é capaz de transformar, prevalecer e se fazer mais forte.

30 de novembro de 2009

Tudo o que a gente precisa é de um pouco de luz


Hoje acordei e fiquei pensando como seria o mundo se todas as pessoas fossem iguais e tivessem as mesmas preferências. Confesso que é o tipo do pensamento insano, sem fundamento e praticamente inútil. Acontece que são nesses "estalos" do inconsciente que nos aproximamos mais de nossas realidades e de nós mesmos. É no mínimo incrível ser único e possuir características fisionômicas exclusivas no meio de bilhões e bilhões de pessoas. Se fossemos todos iguais, o mundo seria uma fábrica e nós robôs. Trabalharíamos nos mesmo ramo, produziríamos e consumiríamos os mesmos produtos, sentiríamos as mesmas emoções e não estaríamos abertos as renovações. Tudo seria constante, mimético, sem cor. Seguiríamos a um único padrão e andaríamos nos mesmos caminhos. Seríamos extremamente frustrados, seguiríamos a mesma rotina, ouviríamos a mesma coisa. Se a igualdade fosse plena entre todas as pessoas, o mundo simplesmente seria um saco. É justamente a diferença que nos une, e que faz este planeta girar. Os físicos que me perdoem - desconsidero a rotação e a translação - mas são as diferenças que movem o mundo e o transformam em um espaço de sonhos. Se as batidas do coração são consideradas essenciais para manutenção da vida, a diferença é essencial para os relacionamentos interpessoais. Cada indivíduo possui uma missão e vai encará-la da maneira que se sinta bem, seja ele branco ou preto, goste de jazz ou de rock, assista filmes românticos ou de terror, o que deve prevalecer é o respeito. Hoje tive a certeza que o que a gente precisa é de um pouco de luz, luz para iluminar nossa ignorância, luz que permita a ascenção do próprio eu, luz que nos aproxima e nos faz ser feliz incondicionalmente.

Eu-lírico

Queria um espaço em que pudesse manifestar minhas ideias, minhas aspirações, meus comentários. Um espaço onde "eu" pudesse refletir as minhas tristezas, as minhas angústias e as minhas alegrias. Este blog nasce da vontade de escrever e transformar em palavras tudo aquilo que o pensamento, a boca e o coração estão cheios. Aqui, quero postar conteúdos variados, comentar os acontecimentos que ocorrem, contar e criar histórias, despertar o imaginário, narrar fatos. Todos os dias, os homens travam uma disputa consigo e com os demais. Se manter vivo é o grande objetivo de todos em meio a uma sociedade cada vez mais fragmentada. Vence o que propõe o novo, o que se manifesta, o que tem voz. Os textos e os relatos aqui postados, representa o "domínio particular" de um ser que é diferente e que quer ser a diferença. O caminho é longo, complexo e na maioria das vezes cansativo, mas a busca pelos sonhos e por sua concretização transforma o impossível em múltiplas possibilidades. Viver a vida vale a pena, descrevê-la muito mais...

"Vem comigo que no caminho eu te explico..."