30 de junho de 2010

O Haiti também é aqui

Talvez as imagens não mostrem com precisão as catastófres provocadas pelas enchentes na Região Nordeste do país na última semana. Fotos e vídeos não são suficientes e não sintetizam o registro de dor e a perda que centenas de famílias tiveram das poucas coisas que tinham. Cidades mergulhadas na fúria da água que desceu levando tudo: casa, carro, documento, vida. Arrastando sonhos, planos e conquistas. Imagens que impressionam e que fazem recordar as tragédias provocadas pelo terremoto no Haiti e pela chuva no Rio de Janeiro. Embora tenham proporções diferentes, ambos acontecimentos parecem revelar a mesma fotografia: a fragilidade humana diante da ferocidade e poderio da natureza, o choro pelo pouco que se tinha e a esperança por um novo recomeço. Não é preciso estar no local para ter compaixão e solidariedade, cada notícia, cada detalhe e cada ilustração vale mais que qualquer presença. Tanta tristeza, tanto sofrimento, tanta água e pessoas tão necessitadas. Parece contraditório, mas o mesmo Nordeste do Brasil, que em determinados lugares sofre com a falta d'água, é o mesmo que conta os vitimados por ela. Paradoxo do casamento Homem & Natureza, onde causa e consequência se encontram na mesma via, na contramão e com intensidades diferentes. Em determinado momento a colisão é inevitável. Diante da dor dos outros, nos tornamos humanos em essência, nos aproximamos do mundo real, assumimos nossa fragilidade e achamos o valor de nosso limite e principalmente, de nossas limitações.

28 de junho de 2010

O começo...

Hoje o dia foi repleto de boas notícias. Estou muito feliz! Quando se deseja do fundo do coração e se faz por merecer, tudo dá certo! Vocação, dedicação e amor são ingredientes que não devem faltar na salada da vida. A gente tempera, e Deus planta. O paladar agradece!

26 de junho de 2010

Basta

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. "

Chico Xavier

22 de junho de 2010

Com a palavra: Austregésilo Carrano Bueno

Das aventuras na adolência, o envolvimento com as drogas e a internação em um sanatório de Curitiba. Toda essas reviravoltas fizeram de Austregésilo Carrano Bueno, ou simplismente Austry, um indivíduo marcado pelas mazelas do sistema psiquiátrico nos anos 70. É com tamanha descrição dos fatos e preciosidade literária que o autor descreve em detalhes os horrores que viveu na época da internação em seu livro Canto dos Maldito. Depois que o pai encontrou um cirgarro de maconha em sua jaqueta, Austry foi mandado para um hospital pisquiátrico para se tratar e se recuperar do vício. No hospital, muito pelo contrário, presenciou e viveu uma das fases mais tenebrosas de sua vida, pois além de tomar uma série de sedativos, vivia em péssimas condições de higiene e era submetido a sessões de eletrochoques nas têmporas. Foram 21 ao total e que variavam entre 180 a 460 volts, sem falar nas injeções de Haloparidol e Tortulina que massacravam o corpo dos internos. Canto dos Malditos deu origem ao filme Bicho de Sete Cabeças, estrelado por Rodrigo Santoro e dirigido por Laís Bodanzky.

A leitura do livro chegou no momento em que eu me preparava para fazer duas repostagens para o trabalho integral da faculdade. Como pauta, as novas formas de tratamento da loucura. Em aproximadamente um mês mergulhei no mundo da loucura para pesquisar, conhecer e descobrir sobre os bastidores dos sanatórios e das residências terapêuticas, que dão lugar ao hospital e mostram muito mais eficiência no tratamento da loucura. Muitas pessoas não sabem o tamanho da proporção do problema, ou se sabem, preferem omitir. Centrei-me em Barbacena, cidade do interior de Minas Gerais, conhecida pelo clima favorável pelo tratamento psiquiátrico para fazer as reportagens. Saber das atrocidades, dos maus tratos e do descaso com que a maioria dos pacientes fora tratados, me revelou uma história que até então eu desconhecia. Vidas marcadas pela indiferença e pelo abandono. Hoje a situação é completamente diferente do passado, graças a Deus tomaram ciência da tragédia que provocaram na vida de pobres inocentes. Hoje eles vivem bem, possuem de fato uma identidade, viajam para todos os cantos e são donos de sus vida. Tudo é feito longe do hospital, em casas que eles chamam de suas e são responsáveis em ajudar a mantê-las. Conheci histórias de vidas concretas, das quais pude estrair aprendizados. Lembrei-me da fala que o Lourenzo me falava: "Mulecão, existem dois jeitos de aprender na vida: ou errando ou aprendendo com o outro. É melhor aprender com o outro." E aprendizados sobram em Canto dos Malditos. O relato de Austry permanece vivo e nos leva a uma reflexão sobre a maneira como encaramos muitas das coisas em nossa vida. Os menos favorecidos, loucos ou não, contam também com o nosso grito.

No livro, duas partes me chamaram muita atenção. Primeiro a descrição do sofrimento antes e depois de ser submetido ao choque, e segundo, em um dos momentos de recuperação do personagem que encontra na fé, principalmente em Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a saída para os problemas. É emocionante, mas o desfeixo da história é surpreendente. Faço o convite para que você possa ler este livro e também possa mudar certas concepções que você tem a respeito da loucura. Austregésilo morreu em 2008 aos 51 anos vítima de um câncer de fígado. Porém, antes da sua morte foi um militante ferrenho na defesa na luta antimanicomial. Reproduzo agora, um pema escrito pelo próprio Carrano e que está numa das primeiras páginas do livro, como forma de homenagem ao autor e aos santos loucos inocentes que morreram pela negligência dos hospitais psiquiátricos nos tempos de horror:

Sequelas...e...sequelas

Sequelas não acabam com o tempo. Amenizam. Quando passam em minha mente as horas de espera, sinceramente, tenho dó de mim. Nó na garganta, choro estagnado, revolta acompanhada de longo suspiro.

Ainda hoje, anos depois, a espera é por demais agonizante. Horas, minutos, segundos são eternidades martirizantes. Não começam hoje, adormeceram, a muito custo... comigo.

Esta espera, oh Deus! É como nunca pagar o pecado original. É ser condenado a morte várias vezes. Quem disse que só se morre uma vez?

Sentidos se misturam, batidas cardíacas invadem a audição. Aspirada a respiração, não é... é introchada Os nervos já não tremem...dão solavancos. A espera está acabando. Ouço barulhos de rodinhas.

A todo custo, quero entrar na parede. Esconder-me, fazer parte do cimento do quarto. Olhos na abertura da porta rodam a fechadura. Já não sei quem e o que sou. Acuado, tento fuga alucinante. Agarrado, imobilizado... escuto parte do meu gemido. Quem disse que só de morre uma vez?

(Austregésilo Carrano Bueno - Poema das 4 horas de espera para ser eletrocutado/ aplicação da eletroconvulsoterapia)

21 de junho de 2010

Menos, bem menos

Dunga ou Carlos Caetano Bledorn Verri é o assunto da postagem de hoje. Em tempos de copa do mundo, o futebol ganha destaque em toda a imprensa. Mas este post não quer comentar futebol, muito menos questionar as duas últimas atuações da seleção canarinho no mundial da África. Esta parte eu deixo para as mesas redondas e para os viventes exclusivos do futebol que comem, respiram e vivem da arte da bola. Quero comentar a postura de nosso técnico, que desde o dia 24 de julho de 2006 topou comandar uma das paixões nacionais e ocupar um dos cargos mais cobrados pela nação. O jeito sistemático, de postura séria e a garra incontestável sempre foram a marca registrada de tal treinador que desde os tempo de jogador mostrou que não brinca em serviço. A prova disso é que Dunga, durante estes quases quatro anos, reafirmou o Brasil na condição de seleção vitoriosa e país do futebol. Foi campeão da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações em 2009. Na África, Dunga foi jogar o campeonato da sua vida, da sua vida mesmo. Já saiu do Brasil com a cobrança da torcida e questionado pela pergunta: Onde está o craque?, já que na escalação optou por jogadores que em sua maioria não possuem grande nome e repercussão no futebol mundial. Dunga ocupa um lado da balança, do outro está a imprensa. Todo e qualquer veículo de comunicação, em tempos de copa, se volta para a seleção brasileira já que a mesma apresenta certa tradição no torneio da Fifa. Acontece que Dunga tem se comportado com tamanho desrespeito para com os jornalistas e toda imprensa, que trabalhando e cumprindo o seu papel, cobrem o dia-a-dia do time brasileiro. Logo após o jogo contra a Costa do Marfim, na coletiva oficial promovida pela Fifa, Dunga mostrou total falta de respeito para com a imprensa, ao pronunciar palavras de ofensas e ironizar muitos repórteres que lá estavam. Neste momento cabe ao nosso "admirável" técnico uma profunda reflexão em relação ao cargo que ocupa e certa empatia para o trabalho da imprensa, afinal, um precisa do outro. Dunga deve ficar mais calmo, mais tranquilo, tomar uns calmantes e fazer os canarinhos decolarem de vez na Copa da África do Sul para que conquistem a taça e façam desta história, um final feliz. Caso contrário, me apropriando e alterando o clássico de Walt Disney, vai ser Anão e não a Branca de Neve que comerá a maça envenenada. Veneno do próprio veneno. É esperar para ver.

O crédito da imagem é do site A Tribuna do Mato Grosso e foi publicada em 04/06/2009. A autoria da foto é desconhecida e/ou não informada.

17 de junho de 2010

A faxina de Drummond

Ainda na temática limpeza, lembrei-me de um belo texto escrito por Carlos Drummond de Andrade que se baseia inteiramente no limpar. Achei legal colocar aqui como inspiração e também motivação para que você, estando ou não com seu quarto (ou vida) desarrumados, possa se lembrar que "uma faxina sempre faz bem!"

Faxina na Alma

Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e o mais importante acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...

Chorou muito?
foi limpeza da alma...

Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...

Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos...

Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora...

Pois é... agora é hora de reiniciar... de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Um corte de cabelo arrojado... diferente?
Um novo curso... ou aquele velho desejo de aprender pintar... desenhar... dominar o computador... ou qualquer outra coisa...

Olha quanto desafio... quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.

Tá se sentindo sozinho?
besteira... tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos...
ficamos horríveis, o mal humor vai comendo nosso fígado, até a boca fica amarga.

Recomeçar... hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar? ir alto... sonhe alto... queira o melhor do melhor... queira coisas boas para a vida... pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos... se pensamos pequeno... coisas pequenas teremos... já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor... o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da faxina mental, joga fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes, fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados jogue tudo fora mas principalmente... esvazie seu coração, fique pronto para a vida... para um novo amor...

Lembre-se somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...
afinal de contas... Nós somos o "Amor"...

Porque somos do tamanho daquilo que vemos, e não do tamanho da nossa altura.

Sempre vai existir um ser além de nós, e confia nele agora, que ele guiará os teus passos ...

(C.D. Andrade)

E faço das palavras dos mestre, as minhas! Vamos a prática!

13 de junho de 2010

Limpeza Geral

Hoje eu resolvi dar uma faxina nas minhas coisas, limpar as prateleiras e tirar a poeira que jazia sobre os móveis. Já faziam seis que meses que eu gostaria de colocar ordem na casa e eliminar algumas coisas que estavam ocupando muito espaço nos meus pertences. Papeis alvulsos com rabiscos desimportantes, anúncios publicitários de festas, embalagens antigas de chocolate e biscoito. Tudo estava tumultuado no meio da bagunça acumulada do dia-a-dia. As roupas estavam jogadas no chão e a sujeira já se incorporava às cores encardidas. Era preciso dar um basta aquele desordenado ambiente que de tão tumultuado, me aflingia. Comecei retirando as folhas que superlotavam a escravinha. Uma a uma fui separando o útil daquilo que poderia ser descartado, como se aplicasse ao fato as palavras de Jesus na parábola do joio e do trigo. Algumas poderiam se tornar rascunho de atividades futuras por isso foram poupadas, outras sofreram corte, foram amassadas ou tornaram-se bolinhas com destino certo: a lata de lixo. O guarda-roupa foi a segunda etapa da arrumação. Estava um caos. Retirei os textos e as atividades da faculdade e os coloquei em uma sacola e os guardei para possíveis consultas, afinal recordar é viver. No meio deles um papel escrito a lápis surgiu na minha frente. O ruim de organizar as coisas é esse: você sempre encontra alguma coisa que você não queria ver, e no meu caso, ler. Exemplos assim me fazem acreditar no poder que as palavras têm em seduzir e criar situações. É uma coisa que possivelmente foge dos domínios das pessoas, porque na maioria das vezes, falam sem pensar ou depositam momentaneamente na fala, seus falsos sentimentos. Isso não cabe julgamentos. Peguei o bilhete e guardei. Deixa ele lá no fundo da caixa, guardado no fundo do guarda-roupa, no meio do envelope branco que traz todas as recordações. Talvez as traças se encarreguem de destruí-lo ou o tempo, de amarelá-lo. É tudo questão de ponto de vista. Dei um jeito de organizar meus livros que também estavam espalhados. Enfileirei todos eles para que ficassem com a pose imponente e merecida que possuem. Tinha que ter espaço para os remédios, para o perfume e para as coisas supérfluas que a gente sempre usa diariamente. Eles merecem seu lugar e no meu guarda-roupa, ganharam uma prateleira inteira. Num passeio pelas gavetas, pelos cabides e pelas estantes organizei meus pertecentes. Tudo estava como deveria estar. Entram em cena a vassoura e o pano para exterminar de vez toda aquela baderna. Ufa! Tudo organizado! Apesar do cansaço, ver as coisas no seu devido lugar valeu muito a pena! Acho que a vida segue mais ou menos a mesma temática de um quarto bagunçado. A desordem permanece se você quiser. Caso contrário, nada que uma pró-atividade (sempre necessária) não dê um jeito. É nessa horas que a seletividade entra em cena. O que é bom fica, o que não é tão bom vai para o lixo. E a vida segue. Fica e permanece que a gente quer. Arrumar o guarda roupa mais do que melhorar o ambiente no qual eu durmo, foi extrair uma filosofia de vida: a da faxina. O astral fica outro, parece que você se liberta de algo que te fazia mal, é uma sensação extremamente diferente, que só fazendo mesmo para poder sentir - indescritível. Sem falar que toda faxina desperta a possibilidade do novo. Você tem novas ideias para mudar o ambiente, os obejtos ganham uma roupagem diferente ao serem dispostos em novas posições e lugares. Ganham vida nova, respondem por si só. Se me perguntarem em 140 caracteres (na era Twitter, temos que nos adaptar) eu digo sem medo: ""Liberta, ensina, limpa, deixa novo as coisas velhas, renova o espaço, melhora o astral. Uma espécie de reecontro consigo mesmo". Sujeira acumulada é trabalho dobrado e boa organização não faz mal a ninguém, mas se a bagunça insistir, nada que uma bela faxina não possa resolver. Mãos a obra, ou melhor, a limpeza de nossos guardas-roupas, e principalmente de nossas vidas!

11 de junho de 2010

Metanoia

Metanoia. Palavra grega que significa mudança, arrependimento. Não existe palavra certa que possa ser utilizada quando na vida, nos deparamos com situações que nos exige um desvio de rumo. O fato é que somos muito mais do que pensamos e do que queremos. Não há ciência, teoria ou cálculo que explique a vontade do ser humano em fazer e acontecer. O mundo é vasto, as coisas são simples e bonitas, o complexo somos nós, os diferentes somos nós, a hipocrisia é nossa sombra. E assim, vamos construindo nosso castelos ilhados no meio da multidão: completos, suficientes e tão vazios. É mudando que se corrige, é na correção que se encontra a essência, ou ainda no famoso clichê: "devemos ser a mudança que queremos ver". Camões finaliza:

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

(Luís de Camões)

9 de junho de 2010

Oh África!

É festa, é alegria, é hora de dar a volta por cima. A África vai dar o seu show nos próximos dias. E é em ritmo de copa, que a postagem faz homenagem a todo povo sul-africano e sua preciosa história.


Oh Africa - Akon (Tradução)

Clique aqui e veja o vídeoclip


Eu sei que temos de levá-la ao objetivo porque todos dependem de nós
Veja nós não temos para onde ir, mas acima, é o nosso destino
Estamos escolhendo a forma, vamos fazer o que for preciso para chegar ao topo da montanha mais alta
Nós vamos fazer alguma coisa, temos que provar a nós mesmos porque nós sabemos
Oh África...
Veja nós nunca seremos capazes de fazer esquecer este dia é o maior dia da nossa vida
Veja, não importa o que acontece, pelo menos, podemos dizer que "nós viemos, nós vimos, nós tentamos"
Estamos escolhendo nada, nós vamos fazer o que for preciso para chegar ao topo da montanha mais alta
Nós vamos fazer alguma coisa, temos que provar a nós mesmos porque nós sabemos
Oh África...
Esta é a nossa vez de brilhar, a nossa hora de voar, o nosso tempo para estar dentro do céu
O nosso time a subir, o nosso tempo a viu, a um passado no futebol.

Viva a Copa, Viva o futebol, Viva a África do Sul!

8 de junho de 2010

Die party sal begin!

Falta muito pouco para o mundo inteiro se render à magia do futebol. Na próxima sexta-feira voltaremos os nossos olhos para África do Sul e por lá ficaremos espiando as movimentações dos gladiadores da bola. No extremo sul do continente africano, margeada pelo Atlântico e pelo Índico e com o lema: "Verskillende mense verenig" que em português significa "Diversos povo se unem" a África exibe com muito esplendor e com muita ansiedade a festa que prepara desde o dia 15 de maio de 2004 quando foi oficializada e anunciada como sede do mundial da FIFA. A história do país, marcada pelas gritantes diferenças, pela distinção das raças, pelos 11 idiomas espalhados pelo território de 1.221.037 quilômetros quadrados, se torna universal.
Ao falar do país lembramos da fome, da míseria, do racismo, da pobreza e este ano, de futebol. Sem falar na Aids que assassina inocentes vítimas. Hoje, a África do Sul estampa em todas os jornais, emissoras de tv e em todos os veículos de comunicação, a maquiagem de uma nação perfeita e de pessoas feliz com a realização da copa. Poucas são as notícias que informam que numa lista divulgada pela ONU sobre assassinatos, a África do Sul ocupa o segundo lugar. Estima-se que 52 pessoas morrem assassinadas diariamente. Ouviremos muito em Johanesburgo, Pretória, Cidade do Cabo, Port Elizabeth, mas não devemos esquecer de Soweto, um dos maiores subúrbios do mundo. Sei que Copa é festa, é alegria, é confraternização. Sei também que é um marco para história daquele país sediar evento de tal porte, mas os problemas sociais não devem ser contidos nesta época, como daqui a quatro anos não deverão ser escondidos os do Brasil. Talvez os encantos do futebol amenizem as tristezas pelas quais os pobres da África sofrem todos os dias e que pelos menos pelo próximo mês serão esquecidas. Que a Copa de 2010 deixe boas heranças para o povo africano, e que seja o ponta pé inicial para a resolução das dificuldades. Sem mais e em africâner: Die party sal begin!

7 de junho de 2010

Sucinto

"Quem não sabe o que quer, não reconhece o valor do que encontra."
(Autoria Desconhecida)


Há palavras que falam por si só.

Enfim, de volta!

Foram 15 dias e aproximadamente 22 horas sem passar por aqui para poder fazer uma postagem. Nos últimos dias, como eu disse, estava me dedicando quase que exclusivamente aos trabalhos finais da faculdade, que exigiram muito de mim. Fiquei madrugadas, finais de semanas e tardes inteiras por conta de uma reportagem bastante especial, que mais para frente faço questão de comentar e compartilhar com vocês. Hoje, especialmente hoje, eu me sinto aliviado por ter entregado as matérias e por poder voltar a escrever neste espaço. Durante a minha ausência, não deixei um dia se quer de passar por aqui e ver o que vocês andaram escrevendo ou comentando. Na postagem de hoje quero anunciar as novidades que agora temos nesta humilde página: No lado direito do blog inauguram-se dois novos espaços: O primeiro trará os comentários recentes que vocês fazem nas postagens, dando destaque as pessoas que prestigiam e participam do Domínio Particular. O segundo é o espaço de contato através do qual você também poderá participar: sugerindo, criticando, elogiando, opinando... Isso nos colocará mais próximo, e será muito prazero saber a sua opinião a respeito de tudo que se passa por aqui. Volto para o Domínio Particular com a missão cumprida e com entusiasmo para continuar alimentando esse desejo incessante de escrever! Como diria Roberto Carlos: "Eu voltei, agora para ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar..." Saudações a todos, estamos de volta!