29 de agosto de 2010

Prazer em conhecer

E no vai e vem da vida, as coisas acontecem. Planejadas, ao acaso, encontros, destinos que se cruzam sem um porquê definido. Conhecer pessoas é sempre bom. É descobrir valores e visões diferentes sobre o mesmo mundo que se vive. E nestas descobertas, você cativa e é cativado, se permite ao que não é familiar, e depois de uma prosa, uma conversa, ou uma resenha, cria-se uma intimidade tão particular, que você já se põe a discutir sua vida (e seus problemas) com o outro. Grandes amizades podem nascer de um encontro de cinco horas, de um papo de dez minutos pelo telefone, de uma conversa pela internet e até de um beijo. Você se maravilha, encontra igualdades, cria confiança - essa, a mais importante. É por isso que não canso de depositar nas pessoas o papel de escritoras coadjuvantes da nossa vida. Não falo isso, no sentido de que nossas realizações devem ser pautadas pelo que os outros pensam, longe disso. O sentido de escrever, está no agir colaborativo. Aquele que acompanha, que se preocupa, que quer o bem, que manda um alô e que indiretamente está presente. Presença em pensamento. O prazer da vida não está nas coisas boas, mas nas pessoas que ao longo dela, nos proporcionam momentos bons e insubstituíveis. E é isso que move. Muito prazer. Prazer em conhecer você.

23 de agosto de 2010

Aniversário

Da janela do meu quarto, vejo o sol de pôr. Aos pouco o astro-mestre vai se despedindo e colorindo com seus raios, o azul do céu. A magia da natureza é simplesmente encantadora. O sol se vai e a lua chega. As estrelas se aprontam para brilhar numa imensidão escura. Ir e vir, chegar e partir, brilhar e se pôr. Quantos manhãs e quantos dias em 20 anos? Tudo passa tão rápido e vai ficando para trás, que a gente nem se dá conta das coisas que aconteceram. Fica apenas as marcas de noites e dias que se passaram. Fazer aniversário é como renovar o contrato com a vida: Ei garoto, por que não fazer diferente por agora? Um contrato onde multas e cláusulas são definidas por nós mesmos, já que cada caminho e cada direção, parte dos nossos pés. Talvez este aniversário seja diferente de todos. Deve ser amadurecimento, deve ser crescimento, mais eu arriscaria dizer que é mudança. Não fiquei ansioso, não esperei muita coisa, mas desejei incessantemente mudar. Das pequenas, passando pelas médias e chegando as extremas coisas, resolvi que podia ou tentaria fazer diferente. E não é impossível. A vida me grita e me pede reação. É arriscar ou arriscar. Meus sonhos continuam os mesmos, meu sorriso nunca mudou, minha esperança vai comigo aonde eu for e a família e os amigos, não saem do coração. De fato, a riqueza está nas coisas simples, nos sentimentos, numa conversa, numa mensagem de texto, numa carta e nas pessoas que você encontra durante a trajetória. Sou rico. A responsabilidade me chama de tal maneira, a assumir as minhas ações e responder por elas. Iniciativa, eu diria. Olhar a vida, é como ver pela janela, a paisagem que se encontra a disposição. Noites aparecem, mas são seguidas de manhãs calorosas, e ver que tudo isso tem um sentido e um consequente aprendizado, faz acreditar e depositar confiança na vida que se vive, e na vida que se tem pela frente. O que me move é a vontade, é o sonho, a felicidade e uma força superior chamada: DEUS. Hoje são 20, amanhã serão 30,40, 50 e não importa até onde isso vai dar. Escrevo a minha história para a eternidade. Sou sonho, sou vida, sou Carlos Eduardo.

22 de agosto de 2010

Tocando em frente

Um brinde ao novo tempo que se inicia!

Tocando em frente (Almir Sater)

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe,
Eu só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder seguir
É preciso chuva para florir

Sinto que seguir a vida
Seja simplesmente
Conhecer a marcha
E ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou

Cada um de nós compõe
A sua própria história
E cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora

18 de agosto de 2010

E dá-lhe festa!

Foi dada a largada para a festa da democracia nacional. O carnaval das eleições vai ganhando o dia a dia do eleitor, que no próximo dia três de outubro, elegerá os reis (ou rainhas) mômos que vão comandar a farra, ou entrar nela, nos próximos quatro anos. Personagens e fantasias exôticas vão desfilar pelo salão e prometem de um tudo nesta festa. Tem molúsculo de saia, ave hipocondríaca e avatar Shrek (com todo respeito ao personagem). O que não vai faltar é simpatia, muito amor e sorriso no rosto. O baile promete pegar fogo nos dias que se seguem. Bebida, vinho e cachaça, muita por sinal, já estão na dispensa e prometem apimentar, ou melhor, embebedar toda a turma. O que dará mais comicidade a tal festa. Cambaleio para um lado, zonzera para o outro e assim lá vamos. Vai ter confusão e briga pelo copo de bebida. Vai ter porrada por dar em cima da mulher do outro. Vai ter bate-bola, vai ter pingue-pongue (Salve a Gabi!). Nesta festa, nós estamos no camarote, e é bem melhor não se misturar. O negócio é ficar vendo eles se divertirem, contarem suas balelas e finjir que a gente acredita. É observar com atenção a bebedeira de cada um, e salvar aqueles que apresentam controle sob efeito alcóolico. É abandodar nossa fantasia de palhação, a qual estamos naturalmente destinados, e mostrar, de verdade, quem são os donos da festa. Vigiai e observai.

13 de agosto de 2010

E daí?

Eu tinha planos para esta postagem de hoje. Sim, eu tinha. Acontece que eles se perderam em vagas viagens durante o banho. Tinha planos, caminhos e até sugestões, mas ficaram no meio do caminho, como a pedra de Drummond. Foi um estapafúrdio cerebral, eu diria. Talvez para hoje, eu tinha que deixar estas míseras palavras, ante ao discurso tão bem preparado e bem condensado que havia preparado. Talvez hoje não era dia para eu escrever. Casos e acasos. As palavras vêm e vão, mas somem com facilidade tamanha. Eu tava disposto a escrever uma coisa mais leve e tranquila, e o que me restou foi essa confusão psicodélica, que agora obrigo você a ler. Foi só para deixar registrado mesmo essa confusão, essa mostruosidade, esse vácuo medonho. Também, o que se esperar de uma sexta-feira 13? Noite. Sono. Sonho.

11 de agosto de 2010

Força motriz

Eu sou Ação. Nada mais que um conjunto de atitudes. Certas ou erradas, boas ou más, intencionadas ou não. O que me move são motivos pelos quais acho que vale a pena e pelos quais boto fé. Nao é nada ortodoxo, mas uma espécie de depósito em coisa que fazem bem. Se sou o molde da vida, faça das minhas ações, o barro que constitui o jarro. Peça de museu, raridade de valor e insubstituível.

DEPENDE DE MIM
- Charles Chaplin

"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio
marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo... ou agradecer às águas por
lavarem a poluição.

Posso ficar triste por não ter dinheiro... ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde... ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria.... ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar.... ou agradecer por ter trabalho.

Posso sentir tédio com as tarefas da casa... ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos... ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

Tudo depende só de mim."


9 de agosto de 2010

Resgate

O texto estava perdido entre os milhares de papéis, numa cômoda antiga, em um porão e entregue aos ratos e as traças. No meio daquela baderna misturada com um passado de tal altura, aquela folha de caderno chamou a minha atenção. A grafia estava manchada pelo mofo do tempo, e as beradas do papel já haviam sido devoradas pelos roedores que faziam daquele espaço sua morada. Fui limpar e eliminar os papéis antigos quando me deparei com aquela raridade. Era um texto diferente. Talvez imaturo e menos poético. Mas a temática parece ser a mesma de sempre: a busca pelo manual que nos ensina viver. Foi o pouco que restou, e que eu fiz questão que restasse, de um tempo que não volta mais. Ficam as lembranças e as palavras, que em 2005, eu escrevi naquela folha, hoje amarelada, que agora compartilho com vocês, com algumas modificações, afinal, a gente evolui. E como evolui...

"A sabedoria das nações alcança o espaço aéreo e o aquático, só não alcança o coração dos homens." - C.D. de Andrade

O sonho, o amor

As vezes a vida nos coloca em cada situação, que faz com que nós, seres da razão total, nos tornemos tão pequenos quanto um grão de ervilha. São fatos que ocorrem em fluxo, descompensados, que quase sempre, mudam nossa opinião, nossa postura, nosso modo de ser e viver, pelos simples fato de não sonharmos e amarmos. Vitórias e derrotas, isso é a vida, ou melhor, isso é o esboço da vida. Aprendemos todos os dias que se não formos atrás dos nosso sonhos não conseguiremos nos realizar. E que cada passo e cada iniciativa faz parte de um ato pessoal. Um "eu" protagonista de uma novela feliz. Para chegar lá, temos que atravessar desertos, nadar rios, encarar animais, escalar montanhas e provar do veneno que nos leva a desistir. E diante de situações como essa, que você vê o quão forte e quão sonhador você é. E você vai. Vai a luta de cabeça erguida, sem medo e com coragem. Podemos perder várias batalhas, mas nunca deixar de brigar para vencer a guerra, a grande guerra. Que nosso amor e nossos sonhos, sejam sobretudo de verdade e assim como a brisa e o vento, andem sempre na construção do chamado paraíso. Talvez nosso medo é tentar, talvez é amar ou até sonhar. Fazer tudo isso, vale a pena!