31 de dezembro de 2011

Feliz 2012!

O mundo se veste de branco para receber os primeiros momentos de um novo ano. Celebrar, fazer festa e comemorar o início de mais uma jornada com alegria é algo que desde já, desejo a você. Com a virada de ano a sensação é que estamos fechando portas, encerrando objetivos, colocando pontos finais dos vários trechos escritos pelos 365 dias que se passaram. Mário Quintana escreveu que felizardo foi aquele que inventou a segunda-feira, o primeiro dia do mês e o primeiro dia do ano, justamente por serem dias consagrados a mudanças. É como se a gente esquecesse de tudo ou virasse da água para o vinho nas badaladas da meia noite. Dias que nascem com objetivos, com a vontade viver diferente, de fazer novas promessas e olhar para vida com mais garra, eu diria. Garra de construir novos amanhãs com um hoje mais “otimizado”. Que a ESPERANÇA transforme o seu "não consigo" em um "eu tentei", e que a força dessa palavra motivadora te impulsione a voar mais alto e mais rápido. Que você fale menos, dê bons dias e escute a voz dos mais experientes. Você só aprende da vida quando erra ou quando alguém lhe conta os vacilos. Reúna com os amigos, jogue conversa fora e lembre dos BONS momentos. Apesar da mudança, muita coisa boa poder ser revivida, reinventada e redescoberta. Faça seresta, ajude um necessitada e se envolva em alguma causa. Isso nos dá objetivo, nos dá energia, a gente legisla mais a favor daquilo que a gente acredita. Com isso a gente acaba aprendendo a diferenciar o querer com o poder, aprende a respeitar a opinião do outro e aceitar que somos bem micro num universo que extrapola o macro. Sonhe sempre, mesmo que de olhos fechados. Os sonhos alimentam os desejos mais impossíveis, as aventuras mais arriscadas e os desejos mais curiosos. Experimente outras emoções, escute outras músicas, permita-se conhecer mundos paralelos ao seu. Quem ganha é o seu conhecimento, a sua bagagem e o que você levará não somente por esse novo ano, mas por toda a sua jornada. Acredite na fé que move o mundo e faça de seu "Deus" um amigo certo de todas as horas: de confidências, de oração, de companhia. E acredite em você, na sua força de recomeçar e fazer um roteiro diferente. E já ía me esquecendo. As mudanças começam a cada hora e a cada instantes. O ano novo nasce em cada pôr do sol, em cada volta dos ponteiros do relógios, num segundo de inspiração, num minuto de decisão e numa hora de reflexão. Mudar as rotas, inventar caminhos e criar estratégias não são metas discutidas apenas na noite do dia 31. Leve a certeza de que as coisas boas caminham sempre ao seu lado, mas saiba que adversidades são necessárias. Troque seus porquês por para quês e descubra as mais fascinantes respostas em lugares onde nada estava escrito. Arrisque, tente e corra atrás daquilo que você põe fé. Abra os braços, distribua abraços e acolha com muita alegria o novo ano que começa. Se vista de branco (ou de qualquer cor) e celebre as muitas emoções que estão por vir. 2012 conta com sua energia para viver momentos inesquecíveis de paz e bem!

Um feliz e abençoado Ano Novo para todos nós!

30 de dezembro de 2011

Curto e simples

Uma boa pedida para todos os dias, nas palavras de Mário Quintana:

"Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas"

Retrospectiva 2011

Olhar para 2011 é olhar para um ano que reescreveu e editou algumas páginas do livro da humanidade. Mudanças políticas, fim de ditaturas, a posse da primeira mulher presidente do Brasil, a morte do homem mais procurado do mundo, a ocupação da Rocinha, a revolta da natureza, as grandes descobertas, o silêncio de um gênio da informática e de um talento da música internacional. Os 365 dias que se passaram deixaram registrados momentos bons e ruins, fatos que marcaram e que serão sempre lembrados, hoje, amanhã e pelo resto dos anos. Momentos contados por jornalistas, historiadores do cotidiano, e que agora, nos ajudam a relembrar o que foi notícia e virou história no perídodo que se passou. 2011 em 11 manchetes que fizeram este ano.

Sexta-feira, 14/01 – Enxurradas de 100 km/h levou até rochedos de 80 toneladas (Jornal Extra)

Uma região transformada em caos. As chuvas do início do ano provocaram a maior tragédia natural registrada no paí com mais de 700 mortes e milhares de pessoas desabrigadas. O desespero e as imagens que viam da Região Serrana do Rio de Janeiro chocaram e comoveram todo o Brasil.

Sábado, 30/04 - Lá, as bodas de sonho (Jornal Estado de Minas)

A cerimônia digna de conto de fadas. Este foi o casamento do Príncipe Willian, herdeiro do trono Britânico, com Kate Middleton. A cerimônia que reuniu toda a família real e ilustres convidados figurou as páginas de todos os jornais e foi transmitida ao vivo para todo o mundo. Segundo as autoridades locais, o casamento atraiu cerca de 1 milhão de pessoas para as ruas de Londres e foi o maior evento já realizado na capital da Inglaterra. Um sonho real.

Sexta-feira, 08/04 – 12 mortos, 190 milhões de feridos (Jornal Diário de Pernambuco)


Por volta das 8h30 do dia 07 de abril os tiros disparados por Wellington Menezes de Oliveira, nos corredores da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro, mataram 12 crianças e deixou todo o país em choque, como bem definido pela capa do Diário de Pernambuco do dia seguinte, que ainda trouxe, na íntegra, uma carta do assassino justificando o atentado.

Fevereiro – As faces da Revolução (Revista Época)

Desde o final de 2010, uma onda revolucionária de manifestações vem ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África contra os regimes totalitários. Esses protestos tem se baseado em campanhas envolvendo greves, passeatas e comícios, além da utilização das redes sociais para organizar, comunicar e reunir a população para os levantes. Em 2011, Egito e Líbia viram seus antigos regimes serem destruídos pela força do povo. No último país, a guerra civil provocada pelas manifestações, culminou no assassinato do líder Muammar al-Gaddafi.

Segunda-feira, 19/11 – Beyond 9/11 (Revista Time)

Em setembro, uma série de jornais e revistas trouxe as mudança s e os impactos dos atentados aos EUA em 2001 e que esse ano, completaram 10 anos. Edições e programas especiais foram feitos para relembrar a data. Também esse ano, a caçada por Osama Bin Laden, terrorista responsável pelos atentados, chegou ao fim. Ele foi morto pelas forças americanas, em maio, quando estava em seu esconderijo no Paquistão. Mesmo assim, a morte do homem mais procurado pelos EUA não amenizou a cicatriz do dia 11 de setembro.

Sábado, 12/03 – Tremor e tsunami castigam Japão e geram alerta nuclear (O Estado de São Paulo)

8,9 de magnitude. Esse foi o grau do Grande Terremoto do Leste do Japão que abalou o país em março deste ano. O epicentro foi a 130 km da costa leste da península de Oshika, na região de Tohoku, e também provocou ondas de tsunami de mais de 10 metros de altura, que atingiram o Japão, por onde percorreu mais de 10 km de terra, e outros países. O terremotos matou mais de 14 mil pessoas e deixou cerca de 16 mil desaparecidos, além disso, destruiu rodovias e linhas ferroviárias, rompeu barragens e provocou um acidente nuclear na Usina de Fukushima, o que aumentou o alerta sobre o uso desse recurso energético.

Setembro – Tempo de Megashows (Revista Época)

Que o Rio de Janeiro é terra do samba, ninguém dúvida. Mas outro ritmo que faz sucesso por aqui é o rock. E esse, celebrado em grande estilo. Depois de 10 anos longe de casa, o Rock in Rio agitou os brasileiros em setembro e outubro. Essa foi a 8º edição do festival ( 4ª a ser realizada no Brasil) e contou com nomes como Elton Jonh, Coldplay, Katy Perry, Skank, Stevie Wonder, Guns n”Roses, Red Hot Chili Peppers, Metallica, entre outros artistas nacionais e internacionais. Mais duas edições do festival estão programadas para 2013 e 2015.

Segunda-feira, 14/02 – Emocionado, Ronaldo anuncia aposentadoria (Lance)

Dos campos de Bento Ribeiro (RJ) para os gramados do mundo. Com os pés e com a bola, Ronaldo foi um dos grandes protagonistas da história recente do futebol nacional. Dentes grandes e um talento inquestionável, aos 34 anos, ele deu fim a sua carreira como “mestre” da bola. Quatro copas do mundo, dois títulos, 98 jogos e 62 gols pela Seleção Brasileira. Um ídolo que saiu do campo ovacionado por sua torcida: o povo brasileiro.

Outubro – A Apple sem Jobs (Info)

Qual palavra pode definir Steven Paul Jobs? Aos 56 anos, o homem magro e com óculos arredondados, foi o responsável pela maior revolução tecnológica. A quem diga que existe um mundo anterior e posterior aos inventos de Jobs. O sabor da maça, símbolo da empresa criada por ele, a Apple, caiu no gosto dos amantes da tecnologia. Jobs colocou na mão das pessoas, num simples toque, tudo o que a rede e o mundo digital pode oferecer. A família Ipod, Iphone e Ipad é hoje um febre em todos os lugares. Jobs morreu no dia 05 de outubro vitima de um câncer pancreático.

Sexta-feira, 05/08- Standard and Poor’s rebaixa nota dos EUA pela 1ª vez na história (G1)

Definitivamente, 2011 não foi um ano para a economia mundial. Crises, rebaixamentos históricos e países endividados. Os EUA viveram o seu pior momento no cenário internacional, que afetou em todos os sentidos na sua moeda: o dólar, que se viu desvalorizado em relação às demais. Além disso, deixou de ser uma economia confiável, fato inédito em toda a história. Na Europa, o Euro fez estremecer a maioria dos países. Grécia, Portugal, Espanha e Itália vivem os seus piores momentos de recessão. Quais os próximos capítulos da história econômica? Que 2012 seja pelo menos, um ano de recuperação. Ajam números!

Quinta-feira, 10/11 – Acabou a farra, Nem! (Meia Hora)

Tudo começou com a prisão de um dos traficantes mais procurados pela polícia do Estado do Rio de Janeiro. “Nem” foi preso e as ruas da Rocinha, a maior favela do Brasil, ganhou a força e ação da polícia por meio das UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadora). A ocupação da Rocinha repercutiu até mesmo na imprensa internacional. O jornal espanhol El País, o britânico The Guardian, o argentino Clarín e a rede de TV norte-americana CNN foram alguns dos que acompanharam a ação em suas páginas na Internet.

29 de dezembro de 2011

Do ato de escrever

Escrever não é algo muito fácil, a não ser que você quer escrever qualquer coisa. E mesmo o qualquer coisa exige tempo, assunto e vontade. O poeta já cantou que escrever é como lapidar uma pedra. É um trabalho cansativo, desgastante, buscando as palavras certas para as lacunas certas. Encaixando as ideias, as vontades, os pensamentos, que sabe até encaixar os batidos do coração. Escrever vai além de dom. Jogar com as palavras é um jogo de experientes. Na mesma intensidade que elas vêm, elas somem. Agarrá-las é um quase um trabalho de Hércules. Aliás, o que seria deles se alguém não registrasse os seus doze. Escrever está para o homem, assim como o corpo está para a alma. A gente viaja sem sair do lugar, inventa uma mentira quase verdadeira e finge acreditam em tudo que a gente mesmo faz. Um toma lá da cá sem consequências ou com final trágico. Se malha mais escrevendo do que fazendo atividade física, e quem gosta do ato, comprova. A gente pode rir, chorar ou gargalhar. É mais fácil um camelo passar em uma agulha, do que as palavras encaixarem perfeitamente num texto, ou chegarem prontas, sem suor, sem sinônimo ou coisa parecida. É um ato de coragem, de bravura, de força. Escrever está além das entrelinhas, é um desafio.

28 de dezembro de 2011

Ano velho

Li esse texto em meados de agosto de 2010. Na aula de antropologia, nosso professor nos presenteou com essa bela reflexão. Este é um momento propício para lê-lo novamente e compartilhá-lo aqui.

Somos como o ano velho, por isso tememos o novo (Artur da Távola)

"O que eu estou fazendo com as minhas partes que ficaram paradas? O que você está fazendo com as suas? O que estou fazendo para renovar o que há de antigo em mim, tão arraigado que até já o suponho convicção? O que você está fazendo com o que há de antigo em você, e que talvez se exteriorize com a aparência de ser o mais moderno?
Somos como o ano velho. Como um montão de anos velhos acumulados. Vivemos a repetir o que já sabemos, o que já experimentamos. Repetimos, também, sentimentos, opiniões, idéias, convicções. Somos uma interminável repetição, com raras aberturas reais e verdadeiras para o novo, do qual cada instante está prenhe. Somos muito mais memória do que aventura. Somos muito mais eco do que descoberta. Somos muito mais resíduo, do que suspensão. Somos indissolúveis, pétreos, papel carbono, xerox existencial, copiadores automáticos de experiências já vividas, fotografias em série das mesmas poses vivenciais. Somos um filme parado com a ilusão de movimento. Só acreditamos no que conhecemos. Supomos que conhecemos. Supomos que conhecer é saber.
O ser humano é feito de tal maneira inseguro que a tendência é sempre a de reter experiências e fazer da vida uma penosa e longa repetição do já vivido. O ser humano adora repetir. Ele precisa repetir, porque não está preparado para o novo de cada momento, para o fluir do todo na direção da transformação permanente. Ele é uma unidade estática e acumuladora, num cosmo mutante e em permanente transformação.

Aceitar a mudança e a transformação é ameaçar tudo o que o homem adquiriu e guarda com avareza, para tentar explicar a realidade e a vida. Mas cada vez que o ser humano usa o instrumental guardado com tanta avareza para explicar o real, este já se transformou e o que antes era eficaz, novo, “descoberta importante”, logo se transformou numa informação parcial, num mero dado da realidade. Essa é sempre grávida de transcendência.
Aí está o grande dilema: para explicar o real só temos a nossa experiência anterior, mas só é válida no momento de sua revelação. Um segundo depois já ficou parcial, relativa, incompleta. Não temos, então, instrumental de aceitação do novo e o que temos fica mais velho e superado a cada aplicação. Por isso é mais cômodo, fácil e simples para o ser humano cair na repetição do que já é, do que já sabe, do que já viveu. Ele chega a chamar isso de “conhecimento”, quando é, apenas, cristalização de um saber anterior.
Por isso o ser humano tende tanto ao conservadorismo: atingida uma conclusão, montado um sistema de interpretação da realidade, logo o ser humano se aferra a ele e, numa extensão, aplica-o a todo o real. Se o sistema é lógico, então a mente racional se satisfaz e com isso o homem se supõe portador de uma verdade. Aferra-se então a ela, passando a ser um de seus
defensores. Cria, a partir da verdade na qual crê, e passa a repetir escolas de pensamentos, doutrinas, religiões, ideologias, esquemas de interpretação da realidade, correntes, seitas, crenças, opiniões, convicções e até fanatismos. Cria uma espécie de dependência das próprias verdades. Passa de senhor a escravo. E quanto mais escravidão mental, mais sensação de liberdade.
Sim, somos viciados nas próprias crenças, dependentes das próprias verdades, toxicômanos das próprias convicções. E, como ocorre em todas as dependências, precisamos repetir nossas verdades para que não caiamos no pânico da dúvida, na ameaça da mutação. Inventamos uma pacificação ilusória e grandiloquente. Seu nome: Coerência. Coerência passa a ser uma grande virtude. “Fulano, conheço-o há trinta anos. Sempre na mesma posição. Tipo coerente está ali”. E assim saudamos alguém que parou no tempo, que tão logo ganhou uma convicção, fechou-se a todas as demais.
Assim na crenças, assim nas idéias e assim, também, nos sentimentos, nas vontades e nos hábitos. A rigor não sabemos o que estamos fazendo para renovar o que há de antigo em nós. Em geral, nada. Não me refiro ao que há de permanente, pois o ser humano é feito de permanências e provisoriedades.
As permanências (ligadas às essências) devem ficar. Mas as provisoriedades que se tornam antigas, paradas e repetitivas e que ali estão remanescentes por nossa preguiça de examiná-las ou por nossa incapacidade (ou medo) de removê-las, estas precisam ser revistas, checadas, postas em discussão, em debates e arejamento.
Assim vejo o Ano Novo. Como a esperança dessa renovação, que tem nome: criatividade. Criar é manter a vida viva. Criar é ganhar da morte. Morte é tudo o que deixou de ser criado.Criatividade é, pois, imbricado no conceito da vida. Não há como separar os dois conceitos. Vida é criação e criação é vida. Só criatividade nos dará possibilidade de solução para cada desafio do novo. As soluções jamais se repetem. Nós é que nos repetimos por medo, comodismo ou burrice. Adoramos repetir, tememos renovar, por isso tanto sofremos."

E aqui, faço um convite: Que fazer tudo novo em um ano novo?

27 de dezembro de 2011

Sem pressa

Uma noite de chuva. Um sono perdido. Um nome na cabeça. Palavras desenhadas à caneta:

"Nada é tão simples, assim se pensa.
Todos acreditam que podem mudar: hoje e amanhã,
agora e por todo sempre...
Mas ninguém espera, pois,
a pressa é inimiga da transformação!"

25 de dezembro de 2011

Natal é tempo...

Que o Natal seja um tempo de mudança. No hoje, no ontem e no sempre. Que o nascimento do Menino Deus seja de fato, o verdadeiro motivo da celebração. Vamos olhar para o gesto e a simplicidade da família de Belém não apenas por uma data, mas fazê-la referência em nossa caminhada no dia-a-dia. Que Jesus nos acompanhe, sempre. Feliz Natal.

19 de dezembro de 2011

Ensaio

Na verdade eu cansei de depositar nas viradas de ano a oportunidade de mudar a vida. Muda-se o tempo todo, até a roupa a gente troca. Azul, vermelho, verde. Nada como um amanhã incerto, de sonhos certos, de desejos complexos, de vontades livres, de amores impossíveis, ou até possíveis. Um sol, uma lua. Uma noite e um dia. Nada mais que uma transição de tempo. Um piscar, um olhar, um sorriso, um beijo. A hora do ser está no agora. No ato, no fato, no imediato. Naquilo que a gente pode tocar ou pelo menos vive, responde, está ciente. Um bom dia, um boa noite, um até logo, um adeus. Para recomeçar não nos falta estímulos, a vida mesmo nos ensina. Na lousa escrevo os desejos para uma vida nova. Na mente rabisco as más sensações. No coração levo o que me sustenta, o que me mantém de pé. O velho se vai, como a vida um dia irá. Misteriosa e sem rodeios. Pego as tralhas, respiro, levanta a cabeça e continua a caminhada. Novo, novidades, novidadeiro. É passagem constante e não um 365º que se torna 1º. É um dia (todo dia) para se renovar.

2 de novembro de 2011

Respostas

O peso do sim e do não nos ajuda a escrever os próximos capítulos do enredo. Às vezes a gente se pega ao incerto, às expectativas e vai criando meandros que fogem do fluxo do rio. Não ter respostas é nadar, nadar e não atravessar o mar. É afogar em sentimentos que poderiam ser evitados por simples monossílabos. Além de ser mais objetivo, ter respostas é vital. Prefiro a certeza do vai ou racha, do que a ânsia e a fantasia do talvez. A gente sofre menos, a gente é mais dinâmico e corre atrás do que verdadeiramente é importante e nos faz bem. Difícil é decidir, difícil é tomar partido. Nada mais que um critério de seleção. Um rumo a ser tomado. Respostas que cortam o tempo e o espaço e desviam as direções dos passos.

31 de outubro de 2011

29 de setembro de 2011

Três

"A única coisa tão inevitável quanto a morte é a vida"

Charles Chaplin

Dois

"Mas quando mais nada subsiste de um passado remoto, após a morte das criaturas e a destruição das coisas, sozinhos, mais frágeis, porém mais vivos, mais imateriais, mais persistentes, mais fiéis, o odor e o sabor permanecem ainda por muito tempo, como almas, lembrando, aguardando, esperando, sobre as ruínas de tudo o mais, suportando sem ceder, em sua gotícula impalpável, o edifício imenso da recordação".

Marcel Proust

Um

"Acho a vida curta demais; mal passou a juventude e já estamos na velhice. Eu queria ter cem anos garantidos e o resto na incerteza".

Madame de Sévigné

23 de agosto de 2011

Vezes Mil

Coloquei minha vida na ponta do lápis.
Somei os meus amores aos meus dissabores,
Subtraí o que eu fiz do que eu não deveria ter feito,
Multipliquei os meus erros com minhas dores de consciência e
dividi tudo pelas angústias vividas.

Resultado: Muito me resta. Me sobram força, coragem e vontade para começar do zero e transformar tudo isso em mil: Milagres.

16 de agosto de 2011

Salutar

Julho, 2011. A história abaixo foi baseada em fatos reais e construída na observação de uma cena de angústia e de esperança. Eu estava lá...

A mão que aconchegou o bebê é a mesma que retira o terço envelhecido do bolso e começa a balbuciar uma Ave Maria em compasso. Ela está sentada em um corredor movimentado por macas, pessoas e pela incerteza. A filha atravessa a porta cinza para encontrar com o bisturi e com as mãos treinadas (e talvez, milagrosas) de um homem vestido de verde, a cor da esperança. Estamos em um hospital. O silêncio deste lugar se contrasta com as batidas aceleradas do coração da mãe que compartilha a dor com a filha:

- O meu Deus, quando será que a minha filha vai ser feliz? Ajuda para que essa dor possa passar com a cirurgia.

Os olhos se encheram de lágrimas e aflitas, elas escaparam pelo rosto cansado e abatido da mãe preocupada. Ela precisava pelo menos chorar. Talvez aquele ato fosse o de maior libertação nos últimos 15 dias, quando se dedicara inteiramente a ouvir os prantos de dor da sua carne e em troca, esbanjar um sorriso como se tudo estivesse bem. Um sorriso de fé e confiança, desses que só mãe sabe dar.

Apreensiva, ela alternava as contas do terço a conversas diretas com o seu Deus. Quem olhava para ela, internamente se perguntava: O que se passa na cabeça dessa mulher? O que ela está pensando neste momento? Como está o seu coração? Respostas difíceis e complicadas de serem respondidas.

A mulher que no passado fugiu pelo amor, encontra-se amparada por uma força maior que o seu coração. Não é heroína grega, mas já enfrentou mais de doze batalhas e matou mais de um leão pelas suas crias. Aquela era mais uma. E no fundo, tinha a esperança que tudo terminaria bem. E assim seria.

Foi um pouco mais de 30 minutos que a tiraram da Terra, mas que a trouxeram de volta com um gesto que vinha do início daquele corredor. Por detrás do vidro, o médico fez um aceno e a chamou para explicar como havia sido o procedimento cirúrgico. Um suspiro. Uma evocação. Um Graças a Deus.

O suspiro se transformara em euforia. Ver aquela mulher e seus (pequenos grandes) gestos me emocionou profundamente. Ela representava um amor tão próprio e tão significante que eu não imaginava que existisse. Ela me ensinou o que é o amor por aquilo que se tem, o valor por aquilo que se ganha e a perseverança por aquilo que se espera. Perseverança que se traduzia numa fé inesgotável, numa confiança inabalável e em um amor sem medidas. Um amor que transcende o existencial. Uma vida dedicada por outra.

20 de junho de 2011

Ata

Acho que ser inseguro é um mal que compartilho com o resto do mundo. Não sou premiado, muito menos impotente por isso. Tomar decisões me toma o tempo e o juízo. Eu procuro uma forma, um lugar, um jeito para ordenar as coisas que aos montes se misturam na minha cabeça. Nada mais que isso. O meu problema está em pensar demais nos outros, na vida, no que não me pertence, no que não me diz respeito, na dívida que não é minha. Eu acabo escrevendo o meu "eu" numa notinha de roda-pé e o texto em si acaba por ganhar conteúdos que não me pertencem. A proposta é inversa. É egoísta pensar assim, mas a prática é essa. Eu olho para o amanhã com a certeza daquilo que sempre me pertenceu e não com as dúvidas decorrentes das experiências pelas quais passei. Isso é renúncia? Não sei. Aliás os juízes de plantão sintam-se a vontade para proferirem suas sentenças, que para bem da verdade nem me interessam. Deixa eu garantir o meu direito de ir e vir, de acreditar e desacreditar, de gostar e desgostar num estalo de dedos. Isso é normal, o estranho é viver todos os dias as mesmas coisas. Pois bem, todos devem. Uns pagam com a consciência, outros com a consequência e uns não tão nem aí. E esses é que sabem viver (pelo menos aparentam). Não estou comprando briga por ninguém, nem transformando as minhas mãos em cinza, só estou (cada vez mais) confirmando o que eu sempre acreditei: o minuto seguinte é o tempo necessário e suficiente para começar uma (nova) vida, sem se importar e se dar conta do que aconteceu. O que importa são as histórias que serão escritas do instante para frente: na vida, no ser, no homem. Este camaleão.

17 de maio de 2011

Be happy

Hoje pelo caminho encontrei com uma garota que aparentava ter no máximo uns 22 anos. Apressada, ela atravessava a rua e gritava pelo telefone alguma coisa. Só consegui captar algumas das várias palavras que ela soltava gritando: " - Não tenho tempo para mim, nem comer direito eu estou comendo, está complicado...". Ouvi, parei e vi que não era o único que tinha birra com o tempo, pensei em estender a mão, mostrar solidariedade, compartilhar a mesma angústias, mas eu tinha um compromisso naquele instante, aliás, eu já estava atrasado... O resultado é que estamos cada vez mais atolados de tarefas inúteis, que consumirão 80% do nosso dia, e o que realmente importa, os 20% relativos a cervejinha no bar com os amigos, o momento do jantar com a família e o momento carinhoso com quem se ama, ficam reservados como carta na manga. Aquela carta que nós só vamos tirar quando a gente ver que o que não importa, consome mais do que a gente pensa. E assim nós vamos construindo nossa potencialidade sendo medidos pela nossa capacidade de articular da maneira mais rápida e mais eficiente o nosso planejamento diário. Falei difícil? Não. Você também está mergulhado nesse mar de medidas: o bom de serviço, o melhor da empresa, o mais eficiente e qualquer rótulo criado pela modernidade. O tempo corre num piscar de olhos, passa sem a gente perceber, apenas vai e quando a gente se dá conta ele foi. A gente sacrifica agora, se mutila agora e deixa para curar a ferida depois, é o mais do mesmo: o mesquinho de hora marcada, com pontualidade inglesa e que tem sempre o que fazer - e não fazemos nada pois não sabemos a hora que o relógio vai parar. Que os ponteiros continuem girando por um bom tempo, marcando momentos bacanas numa jornada digna e divertida: "don't worry, be happy!".

16 de maio de 2011

Do retorno

Como o pano lustra o móvel e remove a poeira, ao poucos vou retornando para esse universo. É difícil estar longe de um espaço no qual você é o construtor. E olha que nos últimos meses o que não me faltou foram histórias, angústias e reflexões. Aos poucos eu vou voltando, um pequeno texto, uma pausa para um crônica, um debate, um artigo, uma vontade desmedida de escrever. Simplesmente escrever. Escrever sobre a vida, sobre o amor não resolvido, sobre o trabalho infantil, sobre o excesso e a falta, a vontade e a falta de tempo, o retorno ao paraíso. Me basta passar para as palavras o que excede a razão e sobretudo, o que reina no coração. Um discurso meio empobrecido mais que vale a riqueza da chamada experiência, ou simplesmente: vida. É isso, a gente sai mais volta, a gente roda o mundo mas não esquece da origem. Novamente aqui estou.

22 de março de 2011

Primeiro ato

E aí a gente para a vida para fazer um exame de consciência. Vai recolhendo os cacos dos fragmentos que restam. O vidro caiu no chão e se partiu, o mundo fechou as portas e as pessoas já não são como antes. Eu que estou muito para baixo ou os sinas dos tempos já começam a se manifestar? Me perguntou o porquê de se perguntar, de se questionar o mundo e seus desdobramentos. A verdade é que cada um cava a profundidade de seu próprio poço.

21 de março de 2011

Conselhos de Pessoa

Já faz mais de 70 anos que Fernando Pessoa morreu. O escritor português que escrevia sob vários pseudônimos imortalizou sua poesia e é admirado por muitas pessoas. Hoje, ao receber a minha Revista Época, me deparei com uma interessante matéria escrita pela jornalista Norma Curi falando sobre o poeta e a mais nova biografia que será lançada sobre ele. Escrita por um amante incondicional de Pessoa, a obra chega muito em breve as livrarias com o título: Fernando Pessoa, Uma quase autobiografia - José Paulo Cavalcanti. A respeito do autor, reproduzo o que a matéria em Época trouxe sobre sete conselhos escritos pelo autor. Já dizia que se conselho fosse bom não se dava, se vendia, mas talvez os de um poeta mereçam a nossa leitura e a nossa reflexão.

Os 7 conselhos de Fernando Pessoa

1- Não tenhas opiniões firmes nem creia demasiadamente no valor das tuas opiniões
2- Sê tolerante porque não tens certeza de nada
3- Não julgues ninguém, porque não vês os motivos e sim os atos
4- Espere o melhor e prepara-te para o pior
5- Não mates nem estragues porque não sabes o que é a vida, exceto que é um mistério
6- Não queiras reformar nada, porque não sabes a que leis as coisas obedecem
7- Faz por agir como os outros e pensar diferentemente deles

27 de fevereiro de 2011

Desacostumando acostumar

Entre o pensamento e a ação se misturam nêutrons de coisas variadas. A gente pode tudo, mas ao mesmo tempo não pode nada. Hoje eu poderia escrever um texto de minha autoria por exemplo, mas falta a "bendita" inspiração. E olha que motivos não me faltam. Me deu vontade de postar, mas faltou a manha, como se diz no popular. Foi aí que lembrei de um texto da Marina Colassanti que li pela primeira vez em 2005. E é ele que vou reproduzir aqui. Faço dela, as minhas palavras. E espero que a inspiração venha em breve...

Vamos sair das acomodações. Um 360º na vida!

A GENTE SE ACOSTUMA

Marina Colassanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

16 de fevereiro de 2011

Cruzada

Um dia atípico, uma noite agradável, num ambiente mais seu do que meu. Ao longo das semanas, eu arquitetava estratégias para poder te encarar e olhar em seus olhos (ou talvez evitar) depois de tudo. O resultado é que eu sou um desastre. Nem plano, nem atitude, nem nada. Eu apenas repeti todas as coisas e agi da mesma maneira que fui até aqui. Eu no meu castelo protegido de armas e justificativas (as mais banais possíveis), cercado por armaduras e soldados de aço, me coloquei na ostensiva mais uma vez, e nada. Parece que a nossa história está fadada as mesmas repetições, aos mesmos acontecimentos destes nossos encontros desencontrados. Você com o coração maior do mundo querendo oferecer tudo o que eu sempre quis ter. E eu, me esquivando, defendendo, contra-atacando na diagonal e escondendo por trás deste aparato de segurança. Seria fácil se fosse cartesiano, mas não é. Entre o céu e terra jorram possibilidades mil, mas por acaso ou obra do destino elas não conspiram ao nosso favor. Parabéns. Você conseguiu atravessar os muros, driblar a segurança e está com a mão na coroa. Talvez você não entenda, ou talvez nem queira mais entender. Talvez, você prefira ouvir o som daquela banda de garagem que ninguém suporta a escutar os meus lamentos. As minhas palavras se perderam, eu me perdi. Eu queria conseguir dizer pelo menos alguma coisa. Alguma coisa que eternizasse o momento, que eternizasse a fala, que sei lá, me eternizasse em você. Mas não, eu saio do ataque e volto para a zaga. É que sua presença mexe comigo, é que você está mais presente que eu imaginava, é que as coisas não são do jeito que a gente quer, porque na prática dois mais dois pode ser cinco, seis ou até sete. É questão de percepção. O perdedor sou eu, o ingrato também. Permita-me apenas reconhecer o meu erro. Não me leve a mal. Foi eu que esqueci de acrescentar alguns ingredientes do bolo, ele ficou amargo. Agora quem degusta este saboroso dissabor sou eu. O infeliz e não menos apaixonado por você.

13 de fevereiro de 2011

Alô, amizade!

O José Augusto fez sucesso cantando uma música que simplifica a necessidade do ser humano. O refrão dela é mais ou menos assim: "De que vale ter tudo na vida...De que vale a beleza da flor...Se eu não tenho mais teu carinho...Se eu não sinto mais teu calor...". Deixando de lado o teor romântico da música e aproveitando a composição do cantor, retornamos a velha máxima de que as coisas materiais não substituem as coisas abstratas, e sempre fundamentais. Quem é que não quer ter um carinho de vez enquando? Quem não quer ouvir de alguém um "Como você é especial para mim"? Quem não quer se sentir realizado naquilo que faz? Bens materias são consequências de um produto maior conhecido por muitos nomes: atenção, incentivo, carinho, companherismo e amizade. Por falar em amizade, deixo que Vinícius de Moraes conduza [e conduza de maneira brilhante] a conversa e explique essa relação que nos faz tão únicos e importantes para alguém. "Amigos = combustível que impulsiona sonhos, realizações e a vida!"

Soneto do amigo
(Vinícius de Moraes)

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

11 de fevereiro de 2011

Do conceito de mudar

E mudar significa construir uma nova história todos os dias, a cada instante. É saber falar sim e não, é escolher o que é conveniente e depois se arrepender. É acreditar estar certo, quando bem no fundo ainda existe um pouco de errado. É ter estilo para escrever um mundo de possibilidades de maneira singular. Mudar é próprio do ser humano, da natureza. Está no sangue, numa evolução sem fim. Mudemos a vida hoje, mudemos a vida amanhã e sem olhar para trás. Mudemos a vida no aqui e no agora, no hoje e no sempre, no perfeito e no imperfeito, na seleção que nos agrada, no instante que se transforma em eternidade. Se viver é mudar, mudemos todos os dias, sem medo e sem receio, sem cota e vontade. É simples: mudança sempre.

25 de janeiro de 2011

Férias

Férias. Verão de 2011. Nada como descansar e curtir um pouco desses dias abençoados. Dias em que a gente abre mão do mundo, dorme um pouco a mais e não faz nada. Literalmente nada, para não cansar. É um tempo necessário para carregar a energia que será dissipada pelos próximos meses: faculdade, trabalho e afins. Desliguei a bateria por uns dias, mas agora voltarei a pisar no acelerador - ainda que devagar - mesmo sabendo que nos próximos dias minha rotina voltará ao normal. Fica as lembranças das viagens, a vontade de vivê-las novamente e o desafio para os próximos dias, que por si só, exigem e muito de nós. Enquanto podemos, vamos curtir as férias, vamos revigorar.