23 de maio de 2010

Licença

Este é um texto auto-explicativo. Uma justificativa pela falta de atualizações constantes e um esclarecimento que faz jus ao contrato estabelecido com você, leitor assíduo ou não, deste blog. Quando a gente começa a escrever um blog, a postar textos, a comentar a vida, enfim, a escrever na rede, não temos noção até onde isso vai dar. Pode ser que dê certo, pode ser que não dê. No meu caso deu. Eu confesso que tudo isso foi brincadeira de um estudante de jornalismo, que no fim de seu primeiro período, gostaria de ter uma ferramenta que pudesse escrever, expressar, dizer (como quiserem) aquilo que pensa. Uma ferramenta sem compromissos. Desde o dia 30/11/2009, tenho cultivado e me preocupado em colocar neste espaço, alguns textos relevantes, comentários de livros, isnpirações da vida e um pouco de poesia. Tudo muito misturado e também muito prazeroso. Ter um blog é alimentar a chama da escrita, do pensamento e da prática. Escrever é tão bom que faz falta. Vieram as postagens, os textos, os incentivos e os elogios. Já são quase 6 meses alimentando esta pequena página com ideias que saem desta "cuca" humilde. Um produto amador aspirante a profissional. Poder escrever para os seguidores e para os não seguidores do Domínio Particular é algo do qual não abro mão. A postagem de hoje é um pedido de licença. Neste momento, o ofício me chama! Me convida desesperadamente a entrar de cabeça, de corpo e alma em suas águas. Assim farei. Vou mergulhar profundamente nas "jornalísticas". Passarei por aqui para ver seus comentários, seus elogios e principalmente as suas críticas (elas são de grande valia!). Estarei acompanhando as visitações e assim que puder, retornarei para fazer do Domínio Particular, um espaço meu, seu e de todos que aqui derem uma passada! Até Breve!

20 de maio de 2010

Drummond + Fragmento


Soneto da perdida esperança
(Carlos Drummond de Andrade)

Perdi o bonde e a esperança.
Volto pálido para casa.
A rua é inútil e nenhum auto
passaria sobre meu corpo.

Vou subir a ladeira lenta
em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
princípio do drama e da flora.

Não sei se estou sofrendo
ou se é alguém que se diverte
por que não? na noite escassa

com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
nós gritamos: sim! ao eterno.

Brejo das Almas, 1934.

Abro os braços para a vida... A vida livre, leve e sem pena. A vida cantante. A vida aventureira. Queria poder girar o mundo, dar piruetas no planeta, pisar descalço na brasa sem pensar nas consequências. Eu posso? Liberdade. Até quando? Limitação. Quero dançar conforme a letra e não como a música. Quero ser o contrário do comum. O cateto adjacente. A, b e o c do teorema de Pitágoras. Sou mais do que imagino. Sou carne, sou sangue, sou fusão. Pecado sagrado divinamente providencial. Fecho os olhos e sinto o tocar da brisa e o calor do sol... a vida me abraça!

14 de maio de 2010

Um só mundo, uma só raça!

O 13 de Maio representou o fim oficial da escravidão no Brasil. Nesta data a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea que abolia a escravatura. Negros ganharam a liberdade para ir e vir, para viver e fazer como suas vontades. Mas na prática será que foi assim? Bom, até hoje muitas pessoas sofrem as consequências do pensamentos aristocrata do Brasil Colônia-Império. O preconceito fere e deixa marcas na pele da sociedade. Somos um só povo, uma só gente, um só mundo, uma só raça!

CIÊNCIA COMPROVA: NÃO EXISTEM RAÇAS HUMANAS

Nas células dos animais e plantas existem pequenas, mas complexas moléculas que formam os genes. Os genes são uma espécie de programadores" da vida. Nós somos fisicamente parecidos com nossos pais e avós porque herdamos os genes deles. São os genes que nos fazem ser altos ou baixos, ter olhos verdes ou pretos. São os genes que fazem um jacaré ser diferente de um tatu. São so genes que fazem com que as pessoas tenham pele escura ou clara.
Estudando os genes, os cientistas atuais comprovaram que não existem raças humanas. Afinal, a cor da pele, é determinada por cerca de meia dúzia de genes. Mas o ser humano tem quase 100 mil genes! Na verdade, os genes que determinam a cor da pele ou o tipo de cabelo não determinam como vai ser o cérebro ou a estrutura dos ossos. Ou seja, não existe cérebro de branco e cérebro de negro, não existe músculo de chinês e músculo de sueco. Do mesmo jeito que uma pessoa de pés grandes não é mais inteligente do que uma de pés pequenos, nem alguém de olhos verdes é mais inteligente de quo que outro de olhos azuis, uma pessoa de pele negra não é mais inteligente mais forte ou mais artística do que uma pessoa de pele branca. Sacou? Não existem raças superiores porque, simplesmente, não existem raças humanas.
(Texto extraído do livro Nova História Crítica - 7ª Série, Mário Schmidt)

1 de maio de 2010

Go-star

Triste o verbo chamado "ir". De todas as palavras indicadoras de ação da língua portuguesa, o "ir" é o que mais muda. No presente do indicativo pode ser "vai", no pretérito imperfeito pode ser "foi" e no futuro do presente pode ser "írá". Quanta variação, quanta inconstância, quanta notoriedade. O "ir" se conjuga como a vida. Ele muda dependendo da ação. Passado, presente e futuro variam num segundo. Assim é a vida: surpresas variadas, situações inusitadas, problemas escabelantes. Eu só queria entender o porquê de muitas coisas. Não sou filósofo e nem almejo tal posição. Queria apenas compreender os motivos de tantas transformações em tão pouco tempo. Viver é estar disposto a sofrer mudanças: ora boas, ora nem tão boas assim. Não me lembro da última vez que havia me encontrado com ela. Das recordações que trago na memória, o seu jeito de amar e o seu carinho por mim são os mais lembrados. Ela era diferente, de todas, a melhor. Não tem como esquecer os momentos bacanas, poucos, mas suficiente para imortalizá-la em mim. Numa tarde ensolarada, lá estava ela novamente. Eu e ela. Eternos amantes de um amor inacabado. O coração bateu forte. Tive vontade de beijá-la, de abraçá-la, de tocá-la. Caminhamos disparados nos devaneios de nossas vidas. Rimos, choramos, brindamos o momento com um copo de suco. Conversas jogadas fora. Ela estava bem, estava tranquila. Estava vivendo com intensidade os amores e desamores, as suas paixões bandidas, os seus romances momentâneos. E eu ía. Ía viajando em cada movimento de sua boca, ía penetrando em seus olhos como se os olhasse pela primeira vez. Ela estava mais linda e mais bela do que nunca. Palavras, palavras e mais palavras. Estar junto dela me fez entender o quanto ela era especial e importante para mim. Minha insentatez havia nos separado. Eu era a causa e a consequência daquela separação. Triste fim para nós dois. Como o verbo "ir", eu ía, eu fui. A maturidade sempre fez parte de nosso relacionamento. Ela sabia entender as minhas ausências, as minhas saídas, e até os meus momentos de reflexão. O romance tinha acabado e agora restava a amizade, o sentimento fraterno e o desejo de querer bem. Nos despedimos e eu fui. Fui seguir tudo o que ela havia me falado, fui seguir todos os seus conselhos e confortar-me com suas sábias palavras: "Eu estarei sempre com você, estou aqui de qualquer forma. Não se esqueça disso. Quero o seu bem". Por um instante as lágrimas caíram e lentamente escorreram pelo rosto. As pessoas que assistiam a cena, ficavam olhando e comentavam cochichando. Eu não estava nem aí. Chorava, e chorava de amor. Como o verbo "ir" me conjuguei em todos os tempos verbais, variando do gerúndio ao particípio. Como o verbo "ir" eu vou:
Vou olhar para frente sem jamais esquecer dos momentos.
Vou olhar para o mundo e manifestar meus desejos.
Vou provar novos amores e permitir amar e ser amados.
Vou aproveitar a cada instante, vou as estrelas.
Vou a festa, vou beber tequila, vou dançar a noite toda
Vou sonhar, vou respirar fundo, vou levantar tarde.
Agimos corretamente. Fizemos tudo conforme o cerimonial. O tempo e os demais conspiraram contra nós. Serei feliz, porque você me quer feliz. Ela foi e vai ser sempre importante para mim, e disso eu não abro mão. O nosso verdadeiro momento está guardado pela frente. Passado, presente, futuro. Como o verbo "ir" eu fui, ela irá, nós vamos... Vamos viver a nossa vida, vamos buscar nossa felicidade juntos, ou não.