Um abençoado e maravilhoso ano novo para todos nós!
31 de dezembro de 2010
É tempo de brilhar!
Um abençoado e maravilhoso ano novo para todos nós!
30 de dezembro de 2010
Retrospectiva 2010
1* A primeira mulher a governar o Brasil
O Brasil votou e escolheu. Dilma Rouseff será a primeria mulher a governar a República Federativa do Brasil. Pelos próximos quatro anos, a força feminina regerá um país em ascenção, que cresce cada dia mais, mas que convive com sérios problemas na saúde, segurança e educação. A faixa está no peito de uma mulher de punho forte e com um grande desafio pela frente: governar para todos os brasileiros.
2* Das profundezas da Terra
O pedido de socorro veio debaixo. Os 33 mineiros soterrados no Chile foram os protogonistas da história mais impressionante de 2010. Depois de mais de 65 dias vivendo a 700 metros de profundidade, eles voltaram a enxergar o brilho do sol graças ao trabalho e ao engenho do ser humano. O resgate foi um sucesso e os mineiros foram exemplo de perseverança e força. Famosos pelo acaso.
3* Waka Waka
Não foi só a música da Shakira que embalou o evento esportivo mais famoso do mundo. A isso, soma-se a alegria do povo africano, o barulho das vuvuzelas, o gingado de Larissa Riquelme e as previsões de Paul, o povo. O resultado só pode ter sido uma festa de arromba, como diria Erasmo Carlos. Pena que não teve toques de verde, amarelo e azul. A taça parou nas mãos dos espanhóis, mas a alegria não faltou. A seleção brasileira foi um fracasso, o hexacampeonato ficou para 2014 e a África do Sul mostrou que também pode.
4* Um ano de tragédias
Dramas não faltaram. No ano em que a natureza mostrou sua força, o mundo foi surpreendido com terremotos que destruíram o Haiti e matou mais de 200 mil pessoas. No Chile, o fenômeno ainda que mais intenso, causou menos tragédias, mas ainda sim, os estragos levarão mais alguns anos para serem recuperados nos dois países.
5* Um rio de paz
A promessa de paz subiu aos morros cariocas. Os moradores da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão se banharam de esperança. As operações bem sucedidas da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, através da ação do BOPE e das Forças Nacionais (Exército, Aeronáutica e Marinha) foi comemorada pela maioria dos moradores e deram segurança para o recomeço de uma jornada carregada com paz.
6* Pelo buraco da fechadura
Bem no finalzinho do ano, um homem roubou a cena mundial. O australiano Julian Assange e o seu Wikileaks revelaram os bastidores das diplomacias mais influentes do mundo e provocou um alvoroço entre elas. As "boas intenções" de Assange foram vistas com maus olhos. De defensor da liberdade de expressão passou a ser inimigo nº 1 dos diplomatas.
7* Um mar de chuvas
As chuvas no Brasil projetaram imagens cinematográficas e consequentemente, cenas para se esquecer. Em meio a lama e escombros, provocado pelas enxentes, histórias de brasileiros marcados pelos fenômenos da natureza e que agora, se erguem para o começo de uma nova vida.
8* Questão sem solução
E mais um ano o problema vem de cima A prova do Enem, que para muitos estudantes é a entrada no ensino superior, apresentou novas problemas. Não bastasse o vazamento no ano passado, a prova deste ano veio com erros em seu gabarito. E mais uma vez quem pagou o pato foi o aluno. E a educação? Até quando conviveremos com esse problema?
9* "Pagode em Brasília"
A festa do mensalão, dos laranjas e as crises políticas também marcaram um ano de eleições. A baixaria tomou conta das campanhas eleitorais, o palhaço foi eleito o deputado mais votado e a política nacional ganha uma nova cara para os próximos quatro anos. Será que a história desta vez muda? Teremos políticos com fichas-limpas? Mais do que nunca, os olhos do Brasil se voltam para a capital federal. Agora é a hora da cobrança e do trabalho. Oremos.
10* O caso de um goleiro
Não foi o fracasso do Brasil na Copa do Mundo da África o destaque dos cadernos de esporte. Paralelamente a festa do futebol, o caso do goleiro Bruno imprenssionou e chocou o Brasil. Foi ele o mandante do crime que matou a modelo Eliza Samúdio? Inocente ou culpado? A justiça ainda não respondeu e o corpo da moça continua desaparecido. Mesmo assim a frieza e barbariedade do caso chamaram atenção e ofuscaram o brilho do futebol.
E 2011 vem chegando aí. Um ano que promete novas e boas emoções...
(Fotos: Dilma Rousseff - Divulgação / Mineiros do Chile - AFP [Divulgação] / Terremoto do Haiti - Agência O Globo [Extraída da Internet] / Julian Assange - Macdiarmid-Getty / As demais fotos foram extraídas de blogs da internet - Autores desconhecidos)
29 de dezembro de 2010
Com a palavra: Ivan Sant'anna
28 de dezembro de 2010
Beijar, verbo intransitivo
O beijo é a coisa mais íntima de uma pessoa. Eu o vejo assim. Mesmo com a banalização das coisas, da pegação e do tudo liberado, eu acredito que essa é coisa mais única e mais importante que as pessoas podem oferecer. Em primeiro plano, claro. As outras se conquistam com o tempo. Beijo é a porta de entrada. Nenhum casal começa sem antes se beijar, exceto alguns dos velhinhos que eu conheço, que tiveram seus casamentos arranjados. Ainda bem que os tempos mudam. Mas beijo é igual gosto, cada um tem um tipo. Um beijam bem, outros muito bem. Tem beijos intensos, inesquecíveis e com gosto de bis, de quero mais. O beijo é tão particular e ao mesmo tempo tão singular que faz a gente se apaixonar. É difícil até de escrever. Beijar não é bom, é bótimo. Essa lição que aprendi com o trabalho das prostitutas. Elas vão lá fazem mundos e fundos, literalmente. Se vendem como produtos de vitrine mas não beijam seus clientes. Eu sei que nem todas fazem isso, mas a maioria delas preservam. Beijar é tão divino que se chega a tocar os céus ou mesmo sentir voar quanto um lábio encontra o seu. E quando se beijar é uma troca, um laço, eu ousaria dizer que é um cordão umbilical. Você sabe que um dia ele tem que ser cortado, mas jamais esquece que você beijou.
27 de dezembro de 2010
Devaneio
Ó vida tirana, carrasca e muitas das vezes cruel. Viver é pagar um alto preço por tudo isso, é abrir mão de algumas coisas em prol de outras, é traçar o tal caminho da felicidade. Mas que caminho? Andar mais que as próprias pernas e conseguir ir a um lugar onde você nunca foi, mas sempre quis ir... E sabe a hora que a gente fica feliz e vai dormir? Quando a gente fecha os olhos e vai, sem medo, sem saber, sem acordar jamais.
24 de dezembro de 2010
Mensagem de Natal
A verdade é que presentes, Papai Noel e mesa cheia e com fartura não vão substituir o real sentido deste momento. Natal para mim é congraçamento, partilha e renovação. O dono da festa, que muita das vezes é jogado para o segundo plano, nos inspira a fazer diferente, a olhar para frente e a recomeçar: é preciso ser criança, ser criança de coração. Que este Natal em especial, seja uma resposta a nossos questionamentos, auxílio em nossas fraquezas, proteção em nossas necessidades, luz para os nossos caminhos. Que este natal seja todos os dias, em cada manhã e em cada minuto. Que nosso Natal seja DEUS, esta fonte inesgotável de graça, paz e amor.
Esta não é uma mesagem sem esperança, muito pelo contrário. Este é um convite para que o seu natal, ou melhor o nosso, seja um natal verdadeiramente de verdade. Um natal com sentido e muito abençoado. Que saibamos dar valor as coisas que realmente importam, e que está data seja o ponto de partida para as coisas boas e as esperanças que os próximos dias nos reservam. A você o meu sincero abraço e meus votos de um santo e abençoado Natal!
9 de dezembro de 2010
Fatalmente
“Hoje eu acordei esperando uma ligação sua. Tomei banho, vesti a melhor roupa que tenho e me perfumei só para te ver. Depois de um tempo, eu descobri que existe mais você em mim do que eu pensava, e estava contando as horas e esperando o momento para lhe falar isso. Queria dizer como você é especial e como todos os nossos encontros foram bons e agradáveis. Sim, as palavras que você sempre quis escutar seriam ditas sem esforço nenhum. Mas não, parece que toda a minha investida foi em vão, ou se perdeu pelas curvas da cidade. Sinceramente, isso me cheira a sintomas de desistência, e prefiro acreditar que sim. É melhor ter desistido, do que ser indiferente a mim. A indiferença é traiçoeira, sufoca e mata aos poucos. Eu queria comprar a maior batalha com o mundo, lutar até o fim, mas fui vencido pela guerra. Uma guerra que eu mesmo criei e que saio dela, perdedor. Entre erros e acertos, vitórias e derrotas, sou feliz pelo que aconteceu. O destino, responsável por nos unir, será o mesmo que escreverá os próximos capítulos de nossa tão breve história. Mas ainda te aguardo...”
Suspirou. Olhou para frente, viu sua imagem projetada no espelho e deu um sorriso. Era preciso continuar. Tomou seu chá e foi aproveitar as belezas que aquele dia, e a vida, lhe oferecia.
7 de dezembro de 2010
Bastidores
Making Of: Os bastidores da reportagem
Já dizia o personagem Giovani Improta da novela “Senhora do Destino”: “O tempo ruge e a Sapucaí é grande”. O jargão que ficou famoso no Brasil durante a exibição do folhetim global é o “abre-alas” dos bastidores de nosso trabalho integrado. Fazer jornalismo é semelhante à preparação de uma escola de samba que vai entrar na avenida.
Carro alegórico, fantasia e o som da bateria balançam a plateia que contagiada entra no ritmo e cai na dança. A escola durante a sua passagem, tem que desfilar impecável pelo sambódromo e arrastar a multidão. O jornalista é o mestre-sala e sua matéria a porta-bandeira. Sua função é sambar diariamente na busca da melhor matéria, dos melhores personagens e saber encantar seu leitor com um gingado textual, que faça o leitor viajar em cada letra do texto.
Sambamos, rebolamos, dançamos e desfilamos com nossa escola. Nosso trabalho surgiu nas discussões de sala de aula. A princípio gostaríamos de fazer algo sobre a Leishmaniose, porque a cachorrrinha da Carla, coitada, está infectada pela doença. O Carlos evitou ao máximo fazer alguma matéria sobre área social. E a Fernanda, entrou na linha pacificadora adotando a política do “qualquer tema eu faço”.
Depois de muita conversa, muitas discussões chegamos ao tema da Poluição. Apesar do assunto ser bem clichê e estar em evidencia, gostaria de reunir em uma única reportagem os tipos de poluições que os moradores de Belo Horizonte são obrigados a conviver diarimente.
Nossa escola fez o samba enredo. Dividimos as tarefas: Carlos se encarregou de escrever a proposta do tema e Fernanda e Carla a pauta. Tema e pauta aprovados foi a hora de cair na avenida e mostrar o gingado. A carnavalesca Sandra Freitas deu as dicas, passou contatos e nos ajudou a criar a linha de abordagem da matéria.
Junto a este carnaval, os trabalhos da faculdade também desfilavam paralelamente. No meio da avenida, as prioridades do grupo se inverteram. “Temos que fazer o ensaio de fotografia, a prova do José Márcio é amanhã, José Maria vai dar exercício de diagramação”, foram as desculpas que empurraram o trabalho integrado.
Nesta hora o fator tempo, que muitas vezes prejudica as escolas em suas pontuações no final do desfile, berrou para a nossa agremiação. A duas semanas da entrega da reportagem foi que o grupo começou a fazer os contatos e marcar as entrevistas. Nesta altura da avenida, o samba-enredo se fechou na poluição visual e nas atividades desenvolvidas na cidade para conter este problema.
Considerando que as principais fontes da matéria eram relacionadas a prefeitura, e sabendo que essas fontes muitas das vezes arranjam muitas desculpas para não atender a imprensa, conseguimos driblar esta questão. Vicente Arhur recebeu a equipe na prefeitura e conversou por mais de duas horas sobre o movimento do qual gerencia, ainda ajudou a contactar com todos os outro órgãos do município responsáveis pela limpeza e resguardo do patrimônio urbano. E fomos.
Fernanda e Carla se encontraram com o secretário municipal de segurança urbana e patrimonial, Corenel Bicalho. Tiverem com ele por mais de uma hora e receberam as informações mais relevantes sobre o assunto. Tiveram também com o pessoal do projeto Guernica, que serviu como assunto de uma das retrancas de nossa reportagem. E o samba continuou...
Para fazer as fotografias o grupo faltou às aulas de jornalismo especializado. Desfilamos pela Rua Padre Eustáquio de cima para baixo atrás de personagens para serem entrevistados e fotografados. Conseguimos falar com algumas pessoas, mas fotos se recusaram a posar. Uma das pessoas entrevistadas foi tão simpática, que convidou o grupo a entrar na sua casa para poder conversar. Tivemos que bater de porta em porta, atrás de personagens que ilustrassem o dilema da pichação.
A bateria aquecia o som e o tempo pedia a evolução da agremiação. Passamos para a escrita da reportagem, na qual cada um ficou responsável por uma parte. Mas nem tudo são flores, e nesta etapa da matéria o grupo entrou em conflito. Faltando algumas horas para o desfile acabar, tivemos que recomeçar do zero, deixar as divergência e escrever o texto de novo.
Fazer carnaval não é fácil, agitar a plateia muito menos. O desempenho de uma escola de samba se dá nas notas que ela obtém na apuração. E quanto a isso, apesar de tanto esforço, cobranças, desentendimentos, agradamos os jurados: “Acadêmicos da Poluição Visual, nota 30!”.
Desta atividade fica a lição do planejamento, da dedicação e do trabalho de antecedência. O sucesso de uma escola de samba só acontece devido aos planejamento que começa logo no fim de um carnaval, ou seja, a um ano antes dela entrar novamente na avenida. O tempo passa e ela tem que dar conta, tem que ser a melhor, pois as pessoas a aguardam na arquibancada para aplaudir, sambar, fazer festa, afinal, a alegria do carnaval, e também do jornalismo, está no encantamento, está no show que ambos podem fazer. Um show que não pode parar.