Metanoia. Palavra grega que significa mudança, arrependimento. Não existe palavra certa que possa ser utilizada quando na vida, nos deparamos com situações que nos exige um desvio de rumo. O fato é que somos muito mais do que pensamos e do que queremos. Não há ciência, teoria ou cálculo que explique a vontade do ser humano em fazer e acontecer. O mundo é vasto, as coisas são simples e bonitas, o complexo somos nós, os diferentes somos nós, a hipocrisia é nossa sombra. E assim, vamos construindo nosso castelos ilhados no meio da multidão: completos, suficientes e tão vazios. É mudando que se corrige, é na correção que se encontra a essência, ou ainda no famoso clichê: "devemos ser a mudança que queremos ver". Camões finaliza:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
(Luís de Camões)
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
(Luís de Camões)
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