9 de agosto de 2010

Resgate

O texto estava perdido entre os milhares de papéis, numa cômoda antiga, em um porão e entregue aos ratos e as traças. No meio daquela baderna misturada com um passado de tal altura, aquela folha de caderno chamou a minha atenção. A grafia estava manchada pelo mofo do tempo, e as beradas do papel já haviam sido devoradas pelos roedores que faziam daquele espaço sua morada. Fui limpar e eliminar os papéis antigos quando me deparei com aquela raridade. Era um texto diferente. Talvez imaturo e menos poético. Mas a temática parece ser a mesma de sempre: a busca pelo manual que nos ensina viver. Foi o pouco que restou, e que eu fiz questão que restasse, de um tempo que não volta mais. Ficam as lembranças e as palavras, que em 2005, eu escrevi naquela folha, hoje amarelada, que agora compartilho com vocês, com algumas modificações, afinal, a gente evolui. E como evolui...

"A sabedoria das nações alcança o espaço aéreo e o aquático, só não alcança o coração dos homens." - C.D. de Andrade

O sonho, o amor

As vezes a vida nos coloca em cada situação, que faz com que nós, seres da razão total, nos tornemos tão pequenos quanto um grão de ervilha. São fatos que ocorrem em fluxo, descompensados, que quase sempre, mudam nossa opinião, nossa postura, nosso modo de ser e viver, pelos simples fato de não sonharmos e amarmos. Vitórias e derrotas, isso é a vida, ou melhor, isso é o esboço da vida. Aprendemos todos os dias que se não formos atrás dos nosso sonhos não conseguiremos nos realizar. E que cada passo e cada iniciativa faz parte de um ato pessoal. Um "eu" protagonista de uma novela feliz. Para chegar lá, temos que atravessar desertos, nadar rios, encarar animais, escalar montanhas e provar do veneno que nos leva a desistir. E diante de situações como essa, que você vê o quão forte e quão sonhador você é. E você vai. Vai a luta de cabeça erguida, sem medo e com coragem. Podemos perder várias batalhas, mas nunca deixar de brigar para vencer a guerra, a grande guerra. Que nosso amor e nossos sonhos, sejam sobretudo de verdade e assim como a brisa e o vento, andem sempre na construção do chamado paraíso. Talvez nosso medo é tentar, talvez é amar ou até sonhar. Fazer tudo isso, vale a pena!

Um comentário:

  1. Interessante! Acho uma delícia quando encontro textos antigos. O que é raro - porque mantenho quase todos no mesmo lugar, um ou outro me escapa.
    Certeza que nossa escrita muda, amadurece. E por ser bom ler essas diferenças que não jogo textos antigos fora, nem os que considero horríveis!
    E ah, você é mesmo muito poético!

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