8 de junho de 2010

Die party sal begin!

Falta muito pouco para o mundo inteiro se render à magia do futebol. Na próxima sexta-feira voltaremos os nossos olhos para África do Sul e por lá ficaremos espiando as movimentações dos gladiadores da bola. No extremo sul do continente africano, margeada pelo Atlântico e pelo Índico e com o lema: "Verskillende mense verenig" que em português significa "Diversos povo se unem" a África exibe com muito esplendor e com muita ansiedade a festa que prepara desde o dia 15 de maio de 2004 quando foi oficializada e anunciada como sede do mundial da FIFA. A história do país, marcada pelas gritantes diferenças, pela distinção das raças, pelos 11 idiomas espalhados pelo território de 1.221.037 quilômetros quadrados, se torna universal.
Ao falar do país lembramos da fome, da míseria, do racismo, da pobreza e este ano, de futebol. Sem falar na Aids que assassina inocentes vítimas. Hoje, a África do Sul estampa em todas os jornais, emissoras de tv e em todos os veículos de comunicação, a maquiagem de uma nação perfeita e de pessoas feliz com a realização da copa. Poucas são as notícias que informam que numa lista divulgada pela ONU sobre assassinatos, a África do Sul ocupa o segundo lugar. Estima-se que 52 pessoas morrem assassinadas diariamente. Ouviremos muito em Johanesburgo, Pretória, Cidade do Cabo, Port Elizabeth, mas não devemos esquecer de Soweto, um dos maiores subúrbios do mundo. Sei que Copa é festa, é alegria, é confraternização. Sei também que é um marco para história daquele país sediar evento de tal porte, mas os problemas sociais não devem ser contidos nesta época, como daqui a quatro anos não deverão ser escondidos os do Brasil. Talvez os encantos do futebol amenizem as tristezas pelas quais os pobres da África sofrem todos os dias e que pelos menos pelo próximo mês serão esquecidas. Que a Copa de 2010 deixe boas heranças para o povo africano, e que seja o ponta pé inicial para a resolução das dificuldades. Sem mais e em africâner: Die party sal begin!

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