13 de junho de 2010

Limpeza Geral

Hoje eu resolvi dar uma faxina nas minhas coisas, limpar as prateleiras e tirar a poeira que jazia sobre os móveis. Já faziam seis que meses que eu gostaria de colocar ordem na casa e eliminar algumas coisas que estavam ocupando muito espaço nos meus pertences. Papeis alvulsos com rabiscos desimportantes, anúncios publicitários de festas, embalagens antigas de chocolate e biscoito. Tudo estava tumultuado no meio da bagunça acumulada do dia-a-dia. As roupas estavam jogadas no chão e a sujeira já se incorporava às cores encardidas. Era preciso dar um basta aquele desordenado ambiente que de tão tumultuado, me aflingia. Comecei retirando as folhas que superlotavam a escravinha. Uma a uma fui separando o útil daquilo que poderia ser descartado, como se aplicasse ao fato as palavras de Jesus na parábola do joio e do trigo. Algumas poderiam se tornar rascunho de atividades futuras por isso foram poupadas, outras sofreram corte, foram amassadas ou tornaram-se bolinhas com destino certo: a lata de lixo. O guarda-roupa foi a segunda etapa da arrumação. Estava um caos. Retirei os textos e as atividades da faculdade e os coloquei em uma sacola e os guardei para possíveis consultas, afinal recordar é viver. No meio deles um papel escrito a lápis surgiu na minha frente. O ruim de organizar as coisas é esse: você sempre encontra alguma coisa que você não queria ver, e no meu caso, ler. Exemplos assim me fazem acreditar no poder que as palavras têm em seduzir e criar situações. É uma coisa que possivelmente foge dos domínios das pessoas, porque na maioria das vezes, falam sem pensar ou depositam momentaneamente na fala, seus falsos sentimentos. Isso não cabe julgamentos. Peguei o bilhete e guardei. Deixa ele lá no fundo da caixa, guardado no fundo do guarda-roupa, no meio do envelope branco que traz todas as recordações. Talvez as traças se encarreguem de destruí-lo ou o tempo, de amarelá-lo. É tudo questão de ponto de vista. Dei um jeito de organizar meus livros que também estavam espalhados. Enfileirei todos eles para que ficassem com a pose imponente e merecida que possuem. Tinha que ter espaço para os remédios, para o perfume e para as coisas supérfluas que a gente sempre usa diariamente. Eles merecem seu lugar e no meu guarda-roupa, ganharam uma prateleira inteira. Num passeio pelas gavetas, pelos cabides e pelas estantes organizei meus pertecentes. Tudo estava como deveria estar. Entram em cena a vassoura e o pano para exterminar de vez toda aquela baderna. Ufa! Tudo organizado! Apesar do cansaço, ver as coisas no seu devido lugar valeu muito a pena! Acho que a vida segue mais ou menos a mesma temática de um quarto bagunçado. A desordem permanece se você quiser. Caso contrário, nada que uma pró-atividade (sempre necessária) não dê um jeito. É nessa horas que a seletividade entra em cena. O que é bom fica, o que não é tão bom vai para o lixo. E a vida segue. Fica e permanece que a gente quer. Arrumar o guarda roupa mais do que melhorar o ambiente no qual eu durmo, foi extrair uma filosofia de vida: a da faxina. O astral fica outro, parece que você se liberta de algo que te fazia mal, é uma sensação extremamente diferente, que só fazendo mesmo para poder sentir - indescritível. Sem falar que toda faxina desperta a possibilidade do novo. Você tem novas ideias para mudar o ambiente, os obejtos ganham uma roupagem diferente ao serem dispostos em novas posições e lugares. Ganham vida nova, respondem por si só. Se me perguntarem em 140 caracteres (na era Twitter, temos que nos adaptar) eu digo sem medo: ""Liberta, ensina, limpa, deixa novo as coisas velhas, renova o espaço, melhora o astral. Uma espécie de reecontro consigo mesmo". Sujeira acumulada é trabalho dobrado e boa organização não faz mal a ninguém, mas se a bagunça insistir, nada que uma bela faxina não possa resolver. Mãos a obra, ou melhor, a limpeza de nossos guardas-roupas, e principalmente de nossas vidas!

3 comentários:

  1. nossa.... muito legal essa comparacao carlos.... adorei seu post... sempre escrevendo muito bem! Soh achu q eu jogaria o bilhete fora... ahuahauahauah... ousada! =PP
    beijoss

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  2. Minha vida anda bem atualmente, mas tem muita sujeira de um passado não tão distante que eu preciso limpar, jogar fora. Mas assim como a faxina no meu quarto (que será feita em breve), vai levar alguns dias. Dois, no máximo, três.

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  3. Seu texto me inspirou... muito bem escrito Dúh! Acho que todos nós precisamos de faxinas... Seja no quarto, guarda-roupa, coração, alma... onde for!

    Parabéns meu Amigo!

    =)

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