19 de dezembro de 2011

Ensaio

Na verdade eu cansei de depositar nas viradas de ano a oportunidade de mudar a vida. Muda-se o tempo todo, até a roupa a gente troca. Azul, vermelho, verde. Nada como um amanhã incerto, de sonhos certos, de desejos complexos, de vontades livres, de amores impossíveis, ou até possíveis. Um sol, uma lua. Uma noite e um dia. Nada mais que uma transição de tempo. Um piscar, um olhar, um sorriso, um beijo. A hora do ser está no agora. No ato, no fato, no imediato. Naquilo que a gente pode tocar ou pelo menos vive, responde, está ciente. Um bom dia, um boa noite, um até logo, um adeus. Para recomeçar não nos falta estímulos, a vida mesmo nos ensina. Na lousa escrevo os desejos para uma vida nova. Na mente rabisco as más sensações. No coração levo o que me sustenta, o que me mantém de pé. O velho se vai, como a vida um dia irá. Misteriosa e sem rodeios. Pego as tralhas, respiro, levanta a cabeça e continua a caminhada. Novo, novidades, novidadeiro. É passagem constante e não um 365º que se torna 1º. É um dia (todo dia) para se renovar.

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