19 de fevereiro de 2010

Lembranças de uma estação que não tem fim...

Jamais esquecerei da primavera daquele ano. As manhãs da estação das flores jamais foram as mesmas desde que o amor resolveu se fazer presente em minha vida. Sempre com um sorriso no rosto, ela me fazia sentir a pessoa mais feliz do universo. Nosso amor era uma grande aventura. Nos entregávamos por completo e sabíamos fazer nossos momentos serem únicos e inesquecíveis. Brigávamos. Discutíamos por pouca coisa, mas nossas voltas, eram sempre calourosas. Simplesmente me amava e eu correspondia a altura, dedicando-me exclusivamente em estar na sua companhia. Nunca me entreguei a ninguém, ou melhor, nunca havia me envolvido com tamanha intensidade com uma pessoa. Era um indivíduo de relacionamento rápidos: beijos e tchaus. Em minha vida, ela inaugurou o amor. Me fez conhecer o lado bom de estar apaixonado.
Estávamos sintonizados numa única frequência e de seus domínios eu jamais queria sair. Veio verão. O sol esquentou a cabeça das pessoas e a chuva fez enchorrada em nosso relacionamento. Sim, "o inferno são os outros". Forçosamente me obrigaram a abrir mão daquilo daquilo que de fato, me fazia feliz. Nos separamos. A tristeza bateu e invadiu em minha casa. Me senti desamparado. Onde ela estava? Onde estava nossa história?
Hoje, choro as mágoas de um amor interrompido. Queria tê-la em meus braços, queria dizer mais palavras de amor. Ela já esta em outra. Não sei o porquê, mas se aventurou em novos amores. Seria muito egoísta pensando que ela era propriedade privada. E além do mais, não teria este controle. As pessoas são livres, ou melhor, nem sempre são livres. As vezes questiono as juras de amor que me fazia. Será que era tudo não passou de palavras jogadas ao vento? O amor é paciente, supera e suporta tudo quando é de verdade. Prefiro acreditar que nada disso é verdade, que não passam de bobeiras da minha cuca. Os momentos que passamos juntos superam e aniquilam qualquer tipo de ideia errada. Relacionamento é assim mesmo. Sempre alguém sai perdendo e neste caso, foi eu.
Vou conhecendo novas pessoas, me envolvendo e provando novos beijos. Embora ainda tenha um forte sentimento por ela, não deixarei que minha vida se resuma apenas a uma pessoa.
O amor fica. Fica guardado no fundo de uma gaveta junto da foto e do cheiro que lembra aquela que um dia me fez feliz, e junto com ele, as lembranças de uma inesquecível primavera.

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