9 de janeiro de 2010

Boas Histórias...

“Quer conhecer a vida? Pergunte ao velho!” Enunciado clichê. Sentido amplo. Significação completa. De fato, esta frase evidencia e enaltece o papel das pessoas mais experientes. Eles são, sem dúvidas, nossos maiores mestres. Anciãos sábios que sempre dão bons conselhos e são cheios de boas histórias para contar. Faço esta postagem, pois nesses dias, uma das irmãs mais novas do meu avô, veio ficar alguns dias aqui com a gente.
Ela contou algumas histórias sobre a sua infância, sobre as dificuldades que já teve na vida, sobre meu avô – e seu tempo de mocidade, e também sobre a infância da minha mãe e dos meus tios. O melhor de tudo isso, foi que nessa retrospectiva, eu fiquei sabendo como se deu o casamento dos meus avós, ou seja, a origem de nossa família.
Parece até história de novela, daquelas em que os protagonistas por motivo de força maior têm que se separar, e mesmo a distância, não é capaz de destruir o sentimento. Foi mais ou menos assim que aconteceu com o “Seu” João e com a Dona Nair.
Ambos já se conheciam e já rolava uma paquera entre os dois, porém, naquela época era tudo muito conservador. Os namoros só aconteciam se os pais permitissem e nos encontros dos casais o máximo que acontecia era um aperto de mão, e olhe lá! (nada muito convencional para os dias de hoje). Num determinando momento, minha vó, mudou-se com a família para o Paraná. Com aquela mudança, o “amor” que já era difícil, se tornaria impossível de acontecer.
Neste momento, o melhor a fazer era arriscar. Meu avô estava de casamento marcado com outra mulher, porém pagou para que desfizessem tudo (o matrimônio era uma relação comercial). Enviou uma carta para os pais de minha avó e foi buscá-la no sul do Brasil. Voltaram para Minas Gerais, casaram-se no dia 25 de setembro de 1954 e deste amor, nasceram nove filhos. E a cada dia que passa a família só aumente: somos 17 netos (dois infelizmente já partiram) e mais quatro bisnetos.
Confesso que escrever este texto me deixou com uma imensa saudade do “meu velho”. Ele se foi há três anos e deixou seu exemplo de persistência e de vitória para todos nós. Tenho certeza que ele está melhor que nós, isso é indiscutível, mas sinto sua falta... (as lágrimas querem descer!)
As histórias que ouvi me mostram a importância de resgatar as coisas boas do passado e os momentos felizes da vida!

Obs: Esta postagem é uma homenagem ao meu avô João Vidal Duarte pelo exemplo e pela dedicação durante nossa convivência. “Vô João, eu sou seu fã”. Homenageio também a minha vovó (permita-me dizer assim): Vó Te Amo e parabéns por mais um aniversário! (09/01)

E a conclusão disso tudo: “O amor prevalece, sempre!”

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