
Começo citando Henry Gruwald: “O jornalismo nunca pode ser silencioso, essa é a sua grande virtude e seu grande defeito, ele deve falar, e falar imediatamente, enquanto os ecos do espanto, o clamor da vitória e o sinais do horror ainda estão no ar”. Esta frase evidencia o principal compromisso do jornalista: descrever uma sociedade suscetível a transformações com objetividade, imparcialidade e isenção. Desde setembro de 1969, um telejornal comprometeu-se levar as principais notícias do dia para a casa de milhões de brasileiros. Seu nome: Jornal Nacional. No ano em que o JN comemora seus 40 anos, William Bonner – apresentador e editor-chefe – lança um livro que revela os bastidores, a preparação, os imprevistos e as surpresas que ocorrem na redação do jornal de maior prestígio e de maior audiência da televisão brasileira. Tendo ou não alguma ligação com o mundo jornalístico, o livro em si, já é um convite a leitura. O material utilizado para a impressão, a série de fotos que se contrapõe com o texto e a beleza do projeto gráfico já evidenciam a qualidade do livro. É uma leitura-viagem, literalmente. Você se sente na redação desempenhando o papel de um editor: selecionando pautas, cortando assuntos, buscando novas notícias, participando de reuniões. Um ritmo ofegante, quente, estressante, prazeroso. O que você vê nas 244 páginas do livro, são histórias – muito bem contadas, com direito a diálogo entre autor e leitor – que mostram a elaboração do jornal desde as primeiras horas do dia até o seu clímax às 20:15, quando Bonner ou Fátima Bernardes, saúdam o Brasil com um característico: Boa Noite! Há ainda boas histórias de edições atípicas do JN, que foram marcadas pelo imprevisto, por problemas técnicos, por circunstâncias adversas, pela ajuda de freiras...
Em Jornal Nacional: Modo de fazer, William Bonner revela o seu dia-a-dia e o de milhares de jornalistas e profissionais da Rede Globo e suas 121 afiliadas espalhadas pelo Brasil, que mesmo não aparecendo no vídeo, estão “por trás das cortinas” do telejornal mais assistido do país.
O nome do livro é Modo de Fazer e não Modos.
ResponderExcluirObrigado pela observação leitor! Já fiz a correção!
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